
Após reunião extraordinária nesta quinta-feira (16), o Conselho de Administração da Petrobras obras deu sinal verde do diesel, que deve superar 10%. O percentual exato do aumento será anunciado nesta sexta-feira (17).
A reunião convocada pelo presidente do Conselho, Márcio Weber, e foi marcada por conselheiros ligados ao governo de Jair Bolsonaro (PL) tentando convencer a empresa a segurar o reajuste.
A diretoria relatou o teor das conversas realizadas com o governo nos últimos dias depois que a equipe de Jair Bolsonaro não aceitou conceder um subsídio para a estatal e para importadores privados trazerem o diesel mais caro do exterior e vendê-lo a um valor mais baixo no Brasil.
O governo federal apresentou PEC para compensar as perdas dos estados que zerarem alíquotas do ICMS do diesel e do gás.
De acordo com a diretoria, a única forma de evitar o aumento seria a concessão do subsídio, mas o governo não autorizou a medida.
Assim, o comando da estatal disse que, caso segurasse o aumento, teria de importar diesel mais caro e causar prejuízos a Petrobras. O que geraria risco de desabastecimento ou ações contra a empresa na Justiça.
Aumento passa a valer nos próximos dias
O reajuste deve ser anunciado nesta sexta-feira (17), de acordo com as últimas avaliações da diretoria. A defasagem entre os preços internacionais e os praticados pela Petrobras supera hoje 20% no caso do diesel. Já em relação a gasolina, a defasagem caiu para cerca de 5% depois de medidas adotadas pelos Estados Unidos.
Há algumas semanas Bolsonaro passou a apontar a Petrobras como responsável pela disparada no preço dos combustíveis. E passou a enfrentar a estatal na tentativa de evitar que o preço dos combustíveis comprometam sua imagem junto a seu eleitorado.