
O Banco Central do Brasil (BC) abriu na segunda-feira (10) consulta pública para que sejam apresentadas sugestões de aperfeiçoamento de modalidade de saque e troco no Pix, sistema instantâneo de pagamentos em vigor desde novembro do ano passado. Os usuários terão até 9 de Junho para enviar propostas.
Os serviços de saque e troco por pix devem entrar em funcionamento no segundo semestre, mas apenas após o resultado da consulta, para que o BC possa implementar as mudanças e melhorias apresentadas pelos clientes.
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Como funcionarão saque e troco no Pix
Os novos serviços de saque e troco no Pix prometem trazer mais conveniência aos usuários, agilizando o serviço de saques e promovendo aumento da competição ao proporcionar melhores condições de oferta e menores taxas relacionadas aos serviços de saques já existentes, principalmente pelas instituições digitais e todas as demais instituições que não contam com rede própria de agências ou caixas eletrônicos.
No Pix Saque, o consumidor poderá transferir o valor que deseja sacar para a conta de uma loja e retirar o valor em dinheiro no local. Já o Pix Troco tem lógica semelhante, porém depende da compra de produtos, o que favorece os estabelecimentos conveniados. Nesse caso, o consumidor poderá pagar uma compra via Pix com valor superior ao da mercadoria ou do serviço e receber a diferença em espécie.
O limite diário de saque foi estabelecido pelo BC em R$ 500 em sua proposta inicial, com direito a quatro retiradas por mês sem tarifas em ambos os novos serviços. A partir da quinta retirada, as instituições financeiras poderão, segundo a proposta, tarifar os serviços.
O BC também propõe que o Pix Saque seja feito por meio de código QR. O usuário, nesse caso, precisa apenas abrir o aplicativo do banco no celular e realizar a transação via código em equipamento disponibilizado pela loja. Essas regras também podem ser alteradas pela consulta pública.
Agilidade e Segurança
Bancos digitais (sem agência física e sem caixas eletrônicos), após a implementação dos novos serviços, poderão fechar parcerias com lojas para oferecer saques com custos mais atraentes. Em cidades menores, as transações substituiriam as agências bancárias e caixas eletrônicos, quando indisponíveis na localidade, no papel de fornecer dinheiro em espécie, movimentando a economia.
A segurança também encontra vantagens no novo sistema, já que a diminuição do valor em espécie nos caixas dos estabelecimentos diminui expressivamente o risco de assaltos e os prejuízos causados por eventuais episódios do tipo.
Caberá aos estabelecimentos comerciais e às instituições financeiras definir regras como horários de funcionamento do Pix Saque e do Pix Troco, a exigência de valores mínimos ou imposição de condições como retiradas em valores múltiplos de R$ 10 e oferta simultânea dos dois serviços ou de apenas um deles.
Com informações de Agência Brasil e Valor Econômico