
Com orçamento para 2021 todo comprometido, o Ministério da Saúde solicitou mais R$ 5,2 bilhões ao Ministério da Economia. O aporte financeiro será destinado para leitos de UTI, testes, profissionais, entre outras despesas causadas pela pandemia da Covid-19. O orçamento previsto para a pasta neste ano é de R$ 136,7 bilhões.
O pedido, feito por meio de ofício em 29 de janeiro pelo secretário-executivo da Saúde Elcio Franco, ressalta que as “graves repercussões sanitárias, sociais e econômicas (relacionadas à Covid-19) são de conhecimento público”, assim como a persistência da doença, revelada pela evolução do número de casos e mortes.
Jair Bolsonaro questiona seu próprio governo ao duvidar dos números da Covid-19 no Brasil. Para o presidente, o “Brasil não pode parar. Não podemos esquecer a tal da pandemia, que ainda existe. Se bem que alguns números não são confiáveis”, disse.
Na contramão do discurso negacionista de Bolsonaro, os estados manifestam preocupação com a falta de recursos do governo federal para o enfretamento à pandemia. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o número de leitos habilitados para a doença com custeio do governo federal cairá dos atuais 6.830 para 3.187 até o fim de fevereiro. Eram 7.717 em janeiro.
Taxa de ocupação de leitos
A taxa de ocupação de leitos de UTI para paciente com Covid-19 chega a 80% de ocupação em pelo menos nove Estados. Acre (com 98% de ocupação), Amazonas (91%, dados apenas de Manaus), Ceará (81%), Goiás (89%), Mato Grosso (79,7%), Paraná (83%), Pernambuco (82%), Rondônia (94%) e Roraima (87%).
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Com informações do O Globo.