
O Brasil registrou no domingo (9) 934 óbitos decorrentes da Covid-19 em 24h, totalizando 422.418 mortes desde o início da pandemia. O número de vítimas, apesar de mais baixo do que vem sendo registrado nas últimas semanas, ainda não é suficiente para apresentar queda na média móvel de mortes, que nos últimos 7 dias chegou a 2.092. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -15%, indicando tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes do vírus.
Essa é a menor média móvel de mortes registrada desde 17 de março, quando ela estava em 2.031 e em plena ascensão naquele momento. Nenhum estado apresenta tendência de alta nas mortes.
O país completa agora 54 dias seguidos com a média móvel de óbitos acima dos 2 mil mortos por dia. Já são 109 dias no Brasil com a média móvel de mortes acima da marca de mil.
Os números são do levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h deste domingo. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
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Média de mortes por Covid-19
- Segunda (3): 2.375
- Terça (4): 2.361
- Quarta (5): 2.329
- Quinta (6): 2.251
- Sexta (7): 2.158
- Sábado (8): 2.131
- Domingo (9): 2.092
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 15.182.219 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 31.591 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 61.177 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +9% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade também nos diagnósticos.
Sem queda significativa tanto em casos quanto em mortes, o país começa a observar a formação de um platô perigoso nas duas curvas, com os números permanecendo ainda muito altos.
Covid-19 nos Estados e no Distrito Federal
Nenhum estado apresentou tendência de alta nos números registrados domingo e mais de 50% dos estados apresenta tendência de queda no número de vítimas da Covid-19.
Em alta (0 estado)
Em estabilidade (11 estados): BA, CE, MA, MG, PB, PR, PI, RJ, SP, SE e TO
Em queda (15 estados e o Distrito Federal): AC, AL, AP, AM, DF, ES, GO, MT, MS, PA, PE, RN, RS, RO, RR e SC
Vacinação em ritmo muito abaixo do necessário
Balanço da vacinação contra Covid-19 deste domingo aponta que 35.327.845 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 16,68% da população brasileira.
A segunda dose já foi aplicada em 17.744.038 pessoas (8,38% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.
No total, 53.071.883 doses foram aplicadas em todo o país, totalizando apenas 120.254 em 24 horas. Muito longe ainda do ideal, apontado por pesquisadores, de 1,5 milhão de vacinas aplicadas por dia.
Atrasos em série da vacina da Fiocruz
Em 31 de julho do ano passado o governo anunciou um acordo para produzir no país a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e comercializada pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca. Passados dez meses, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desempenhou até agora um papel secundário no processo de imunização, apesar de ter turbinado a produção e as entregas de vacinas a partir de abril.
De acordo com números do Ministério da Saúde, das 46,4 milhões de doses de vacinas contra covid já aplicadas em todo o Brasil até 6 de maio, incluindo a primeira e a segunda doses, só 11 milhões, o equivalente a 24% do total – ou uma em cada quatro – foram do imunizante Oxford/AstraZeneca produzido pela Fiocruz. O restante foi de Coronavac, fabricado pelo Butantan.
A participação das vacinas efetivamente produzidas pela Fiocruz no total de doses aplicadas até o momento é ainda menor, já que quatro milhões de doses prontas de AstraZeneca foram importadas da Índia e estão somadas à sua produção no balanço do ministério. Descontadas as doses indianas da conta da Fiocruz, que praticamente só colocou o seu rótulo nos frascos, o saldo de vacinas produzidas pela instituição e já aplicadas na população cai para 7,1 milhões de doses, o equivalente a 15,3% do total ou uma em cada 6,5 doses administradas até agora no país.
Com informações do Uol, Folha de S.Paulo, Estadão e G1