
Após seis meses da infecção pela Covid-19, os anticorpos contra a doença podem ficar mais fortes. É o que concluiu um estudo produzido por cientistas da Universidade Rockefeller, de Nova York (EUA), que analisou a evolução da imunidade dos pacientes infectados pelo coronavírus.
A pesquisa foi divulgada na Revista Nature na segunda-feira (18). A publicação é uma das maiores referência na área de saúde e ciência.
Os cientistas envolvidos na pesquisa analisaram o comportamento do vírus em 87 voluntários, de 18 a 76 anos, que já tiveram a Covid-19. O período de estudo durou seis meses, acompanhando os pacientes infectados pela doença.
Células B, responsáveis por conhecer anticorpos
De acordo com o estudo, a razão para essa resposta imune mais forte está nas células B, responsáveis por reconhecer o vírus e criar anticorpos. Análises mostraram que, embora níveis de anticorpos diminuam com o tempo, as células B estariam mais potentes e resistentes às mutações do vírus, o que indica uma evolução contínua da resposta imune.
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A respeito dos casos de reinfecção pela mesma variante, “as respostas de memória são responsáveis pela proteção contra reinfecção e são essenciais para uma vacinação eficaz. A observação de que as respostas das células B de memória não decaem após cerca de 6 meses, mas em vez disso continuam a evoluir, é fortemente sugestivo de que os indivíduos que são infectados pelo SARS-COV-2 podem apresentar uma resposta rápida e eficaz ao vírus após a reexposição”.
Com informações da CNN Brasil