
A CPI da Pandemia do Senado pode requisitar a prisão preventiva do lobista da Precisa Medicamentos Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria por não comparecer à reunião desta quinta-feira (2). Faria tem habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite a ele ficar em silêncio e não responder a perguntas que possam incriminá-lo. A decisão pela concessão do HC foi da ministra Cármen Lúcia.
Em entrevista, o vice-presidente da CPI comunicou que a CPI solicitou à polícia que conduza Marconny Faria para depoimento à CPI. Caso ele não seja localizado, Randolfe disse que irá pedir sua prisão preventiva. A partir daí, ele pode ser considerado foragido, com a possibilidade de que a Interpol seja acionada para proceder à prisão, caso não mais esteja no Brasil. Veja a entrevista no vídeo abaixo.
Nesta quarta-feira (1o) o médico que havia concedido um atestado de 20 dias ao lobista cancelou o documento. Para esta quinta-feira (2) , estava marcada a presença do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo Filho, mas o depoimento será remarcado.
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Marconny é apontado como um lobista da Precisa Medicamentos, empresa que atuou como intermediária no contrato da vacina indiana Covaxin e que está sob investigação.
Ex-secretário de Saúde do DF pode ser ouvido hoje
O ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo Filho está no Senado. Ele pode ser ouvido pela CPI ainda hoje, caso Marconny Faria não compareça ao depoimento.
Francisco Araújo foi preso em agosto de 2020 durante a Operação Falso Negativo. A investigação abarcou ilicitudes na aquisição de testes rápidos para detecção da covid-19 para a rede pública de saúde local.
CPI quer ouvir Marconny Faria nesta quinta
A CPI da Pandemia agendou para hoje às 9h30 a reunião para tomar o depoimento de Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria, apontado como um lobista da Precisa Medicamentos, empresa que atuou como intermediária no contrato da vacina indiana Covaxin e que está sob investigação.
A CPI obteve mensagens trocadas entre Marconny o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Ricardo Santana. Na conversa, Santana menciona que conheceu o suposto lobista da Precisa na casa da advogada do presidente da República, Jair Bolsonaro, Karina Kufa, que deverá ser ouvida nas próximas reuniões da CPI.
O depoimento, porém, ainda não foi confirmado. Na tarde de ontem, a CPI recebeu um atestado médico dando conta que Marconny estaria internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), então, ligou para o hospital para tomar conhecimento da condição de saúde de Marconny. A Secretaria da CPI mantém a previsão do depoimento para hoje.
Caso Marconny não possa depor, a CPI cogitou trazer em seu lugar Andreia Lima, diretora da empresa VTCLog, ou antecipar o depoimento de Francisco Araújo Filho, ex-secretário de Saúde do Distrito Federal.
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Com informações da Agência Senado