Apesar da pressão vinda do presidente, Crivella anunciou nesse domingo (7) que não vai acelerar o cronograma de retomada gradual do isolamento

Foto: Daniel Castelo Branco
Com mais de 59 mil casos de coronavírus e 6 mil óbitos no Rio de Janeiro, o prefeito do estado, Marcelo Crivella (Republicanos), vem sofrendo pressão para relaxar o isolamento social do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de quem espera apoio para a sua reeleição.
Em corda bamba, Crivella defendeu e promoveu o isolamento social até 21 de maio, quando viajou a Brasília para reunião com Bolsonaro, contrário a medidas de restrição locais. Após visita, no dia 2 de junho, o prefeito publicou decreto que prevê a retomada gradual de todas as atividades em seis fases, cada uma com 15 dias, e liberou o retorno às ruas de 10 mil ambulantes legalizados.
Um dia após a reunião, Crivella também tentou a abertura de igrejas e templos religiosos, então listados como serviços essenciais pelo governo federal, mas decisão foi anulada pela Justiça depois que o Ministério Público estadual (MP-RJ) entrou com ação civil pública contra a medida.
A decisão pela abertura veio na semana em que o Estado do Rio batia recordes sucessivos de mortes por Covid-19, sendo mais da metade na capital fluminense.