
O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos tirou do ar uma nota em que se solidarizava com os familiares dos mortos durante a chacina na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro (RJ), na quinta-feira (6). A nota tinha sido publicada na sexta-feira (7).
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De acordo com a polícia, foram 28 mortos, dos quais um era agente de segurança. Integrantes do governo como o vice-presidente, Hamilton Mourão, e o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foram à publico afirmar que os mortos eram “todos criminosos”.
O que dizia a nota assinada por Damares
A nota publicada pela pasta comandada por Damares Alves afirmava entender a urgência de “combate ao crime organizado, ao tráfico de drogas e às demais atividades marginais que acontecem na cidade”. Mas em seguida dizia que essas operações devem “proteger a vida de todos”.
“É urgente a necessidade de combate ao crime organizado, ao tráfico de drogas e às demais atividades marginais que ocorrem na cidade. Entendemos, também, que essas devem ocorrer de forma a proteger a vida de todos, especialmente dos moradores que, também, são vítimas e reféns de atividades criminosas.”
Nota do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos
O texto foi reproduzido pelo site da EBC.
Logo após a nota ir ao ar, a ministra, que integra a ala ideológica do governo, foi pressionada de maneira incisiva nas redes sociais por apoiadores de Bolsonaro. Eles insistem na narrativa de que as vítimas mereciam morrer.
As investigações sobre as mortes em Jacarezinho ainda não foram concluídas.
Com informações do jornal Folha de S.Paulo