
Por Plinio Teodoro
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (17) confirma a larga vantagem do ex-presidente Lula nas simulações da disputa presidencial em 2022, com o petista vencendo todos os adversários em simulações do segundo turno.
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No cenário mais provável para um segundo turno no momento, em eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro (Sem partido), Lula vence por 56% a 31% – com oscilação de dois pontos para menos sobre a pesquisa divuldaga em julho, que marcava 58% a 31%.
O petista também vence Doria por 55% a 23% (56% a 22% em julho) e Ciro, por 51% a 29%.
Espontânea
Na pesquisa espontânea, quando não são revelados os nomes dos candidatos, Lula oscilou um ponto para mais subindo de 26% para 27%.
Estimulada
Na pesquisa estimulada, Lula também aparece à frente, com larga vantagem, dos outros candidatos e marca 44% quando o governador de São Paulo, João Doria, é colocado como candidato do PSDB – com 4% das intenções de voto. Bolsonaro tem 26% e Ciro, 9%.
Com o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), que registrou 4%, Lula tem 42%, Bolsonaro 25% e Ciro 12%.
Além desses, o Datafolha avaliou os nomes de José Luiz Datena (PSL), que marca 4%, Simone Tebet (MDB), com 2%, Rodrigo Pacheco (DEM), 1%, e Aldo Rebedo (Sem partido), 1%. O senador Alessandro Vieira (Cidadania) não pontuou.
Rejeição
O Datafolha ainda revela que Bolsonaro tem a maior rejeição, com 59% dos eleitores dizendo que não votariam de forma alguma no presidente.
O nome de Lula é rejeitado por 38% e o de Doria por 37%.
O Datafolha ouviu 3.667 eleitores em 190 cidades nos dias 13 a 15 de setembro, em um levantamento presencial que registra margem de erro de dois pontos percentuais.
Lula chega a empate técnico com Bolsonaro entre eleitores evangélicos
O derretimento da popularidade de Bolsonaro revelado pela pesquisa Datafolha acontece em nichos eleitorais cruciais para sua vitória em 2018, como os evangélicos, que dividem boa parte da agenda do atual presidente com os militares.
Segundo o levantamento, a hegemonia de Bolsonaro nos templos pentecostais e neopentencostais chegou ao fim.
Nesse recorte, que soma 26% da população, Lula tem 34% contra 38% do atual presidente, situação de empare técnico no limite da margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos.
A pesquisa mostra ainda que a popularidade de Bolsonaro entre evangélicos teve uma erosão de 11 pontos porcentuais desde janeiro, caindo de 40% para 29% na pesquisa divulgada nesta quinta-feira (16).
Atualmente, Bolsonaro é reprovado por 41% dos eleitores que se declaram evangélicos.
Um dos principais fatores da queda recente da popularidade de Bolsonaro entre os evangélicos é o apoio do presidente ao Projeto de Lei para legalizar cassinos e jogos de azar no Brasil.
Apoiadores contumazes do governo, Silas Malafaia e o deputado Marco Feliciano (Republicanos-SP) já sinalizaram que podem abandonar Bolsonaro, caso o projeto seja aprovado e sancionado.