
Deputados federais do PL, partido de Jair Bolsonaro, são alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta sexta-feira (11).
Pela terceira vez, o deputado Josimar Maranhãozinho (MA), presidente do PL maranhense, é alvo de operações da corporação. Ele foi flagrado com caixas de dinheiro em seu escritório político.
Entre os investigados estão também os deputados Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE).
A operação apura desvios de emendas parlamentares e teve origem em outra investigação, que teve início no Maranhão, em 2020.
As investigações foram autorizadas pelo ministro Ricardo Lewandoswki, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele autorizou buscas e apreensões em endereços e empresas ligados aos parlamentares, mas negou a solicitação da PF de realizar buscas nos gabinetes dos deputados na Câmara.
Nenhum dos investigados se manifestou.
Leia também: PF abre inquérito contra Bolsonaro por fake news sobre vacina contra covid-19
PF flagra caixas de dinheiro
Em outra investigação, a PF conclui que Josimar Maranhãozinho está por trás de um esquema de desvio de dinheiro de emendas parlamentares destinados a municípios do Maranhão.
Ele foi flagrado em seu escritório político no estado com grande quantidade de dinheiro que ele guardou em caixas. A PF gravou o parlamentar com uma câmera escondida com autorização de Lewandowski.
A PF conclui que ele cometeu crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As investigações concluíram que prefeituras sob a influência política de Maranhãozinho contratavam empresas ligadas ao parlamentar.
O prejuízo aos cofres públicos pode ter chegado a R$ 15 milhões. Parte desses recursos eram destinados à saúde.
Crescimento patrimonial vertiginoso
Em 10 anos, o patrimônio de Josimar Maranhãozinho cresceu de forma vertiginosa. Em 2008, o patrimônio declarado do parlamentar era de R$ 464 mil em bens.
Em 2018, ele declarou à Justiça Eleitoral R$ 14,5 milhões em bens.
Com informações da Folha