
O e-commerce é uma tendência que veio para ficar no Brasil e no mundo, segundo o mais recente relatório da empresa de tecnologia NeoTrust. Com R$ 35,2 bilhões em vendas entre janeiro e março de 2021, o comércio eletrônico brasileiro registrou aumento de 72,2% na comparação com 2020. Além disso, o tíquete médio das compras aumentou 9,4% e atingiu R$ 447,90 no período. O levantamento aponta que março de 2021 foi o maior mês da história em volume de vendas do comércio eletrônico no país.
O cenário para as compras online, mesmo com a pandemia de Covid-19, já era bom em 2020. Para o CEO da Neotrust, Fabrício Dantas, a chegada da nova variante do coronavírus e, consequentemente, da segunda onda de contaminação que atinge nosso país, fez com que a evolução do e-commerce fosse ainda mais intensa.
Impulso para a logística brasileira
Após a pandemia, muitos setores da economia se reinventaram com extrema rapidez, desenvolvendo alternativas para sobreviver a esta transformação. Segundo o indicador, desta vez da Mastercard SpendingPulse, o crescimento do e-commerce no Brasil foi de 75% em 2020 comparado ao ano anterior, com faturamento da ordem de R$ 87,4 milhões. Esse salto aconteceu principalmente depois do isolamento social com limitação do tráfego de pessoas e períodos de fechamento das lojas físicas e shoppings.
Ainda segundo o estudo, este cenário impactou diretamente o setor de logística, e fez com que o segmento tivesse que se adaptar para atender um número muito maior de pedidos, com uma capilaridade muito mais ampla, em diversos novos canais de entrega, exigindo várias transformações e melhorias nos operadores, principalmente nos rodoviários, que são os responsáveis por endereçar os produtos nos centros urbanos, além de transportar aproximadamente 60% dos bens produzidos no Brasil.
Pix avança no e-commerce
O Pix já é aceito por mais de um terço, 32,2%, dos maiores lojistas do e-commerce no Brasil. Esse foi um dos dados apurados por um levantamento da GMattos, consultoria de e-commerce e meios de pagamento.
O estudo analisou 59 lojas online de destaque no mercado brasileiro, nos mais diversos segmentos, entre os dias 3 e 12 de maio de 2021. Entre os estabelecimentos, constam Magalu, Amazon, Mercado Livre, Americanas, Uber, Drogasil e Carrefour.
Na comparação com pesquisa similar realizada pela GMattos em março, a aceitação do Pix cresceu 6,8 pontos percentuais, saltando de 25,4% para 32,2%.
O estudo destaca ainda que o Pix vem em alta desde janeiro, de acordo com os estudos da GMattos. No primeiro mês do ano, sua aceitação era de 16,9%. Gastão Mattos inclusive estima que, ao longo dos próximos meses, o Pix deverá ultrapassar o débito no ranking das preferências dos lojistas do e-commerce no Brasil.
A nova modalidade, porém, precisa ainda ser aperfeiçoada em termos de usabilidade para o cliente. Nesse sentido, a GMattos analisou o fluxo de pagamentos via Pix em sete lojas, e apenas em três delas ele foi considerado ideal, apresentando sincronismo total entre a experiência de autenticação no app do banco e a navegação no site da loja.
Ainda de acordo com o último levantamento, o cartão de crédito (98,3%) e o boleto (83%) são as modalidades com maiores níveis de aceitação pelas lojas online, seguidas pelas wallets (52,5%). Estas sofreram pequena oscilação negativa na comparação de maio com março, quando tinham 54,2% de aceitação.
Com informações do UOL, A Tarde e E-commerce Brasil