08/12/2016.
Nos últimos anos, as atividades relacionadas às áreas de cultura, consumo, mídias e tecnologia têm se destacado por apresentarem índices de desempenho superiores aos de setores tradicionais. Juntas, elas formam a economia criativa, na qual a geração de trabalho e renda está baseada em produtos e serviços que surgem a partir do conhecimento, criatividade e capital intelectual.

Somente no Brasil, a economia criativa registrou alta de 90% no número de empregos formais de 2004 a 2013, contra um avanço de 56% no mercado de trabalho tradicional. No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor cresceu 69,8%, quase o dobro da alta de 36,4% registrada pelo PIB brasileiro. O reflexo ainda é positivo no bolso de quem atua na área, com uma remuneração quase três vezes superior à média nacional. Os números são do Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, divulgado em 2014 pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Para Lincoln Seragini, membro da Academia Brasileira de Marketing e do Conselho de Economia Criativa da FecomercioSP, o setor tem forte potencial entre os brasileiros e se torna ainda mais estratégico em tempos de crise econômica.
“Procurar atuar nessas áreas criativas é uma saída para o atual desemprego que vivemos”, diz o especialista. “A alma brasileira é mais artística do que científica. Somos muito criativos, mas nem todas as pessoas se dão conta disso”, completa.
Segundo Seragini, as empresas podem mudar esse cenário investindo na gestão da inovação, incentivando os funcionários a gerarem ideias e a correrem riscos. “O mito do gênio criador, que acorda com uma grande ideia pela manhã, acabou. Nenhuma empresa pode depender apenas de uma pessoa. A criatividade é mais bem-sucedida quando desenvolvida em grupo”, afirma.
O especialista ainda alerta que é preciso identificar os diferentes perfis de profissionais para criar, inovar e empreender com sucesso. “Há uma diferença entre ter uma ideia, viabilizá-la e gerar renda a partir dela. Quem cria uma ideia nem sempre é o melhor para empreender, por exemplo. Cada pessoa tem talento para algo diferente. Por isso, para ter sucesso, é preciso se juntar”, diz.
Conheça abaixo as possibilidades de atuação na economia criativa, de acordo com o relatório da Firjan.
Dia Nacional da EAD 2016
Economia criativa foi um dos temas abordados no evento em comemoração ao Dia Nacional da EAD, realizado em 22 de novembro, no Centro Universitário Senac – Santo Amaro, na capital paulista. A data é celebrada em 27 de novembro e foi instituída em 2002 pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).
Seragini aproveitou o evento para destacar a importância da educação a distância na economia criativa. “A EAD pode acelerar ainda mais o crescimento desse setor, por ser uma modalidade de aprendizado mais ampla e acessível, que atinge um número maior de pessoas em diferentes territórios”, diz.
Conheça o portfólio completo de cursos oferecidos pelo Senac EAD.
Fonte: www.ead.senac.br/noticias