Antes, profissionais do hospital poderiam recomendar os remédios desde que os pacientes estivessem de acordo

Na última quinta (25), o Hospital Israelita Albert Einstein recomendou que os médicos ligados à instituição não prescrevam cloroquina ou hidroxicloroquina a pacientes internados com Covid-19. Antes, profissionais do hospital poderiam recomendar os remédios desde que os pacientes estivessem de acordo.
Em nota, o hospital diz que nunca teve protocolo que indicasse o uso desses medicamentos para o tratamento da Covid-19. O uso acontecia na modalidade “off label“, que significa a prescrição de medicamentos fora das indicações homologadas pela Anvisa, sob responsabilidade do médico.
Segundo o Einstein, a nova recomendação foi motivada pela decisão da FDA (agência reguladora americana) de revogar a autorização de uso emergencial dos medicamentos em pacientes de coronavírus.
A decisão da agência foi publicada após uma série de estudos não mostrar benefícios do uso do remédio para esses doentes em comparação com o tratamento padrão adotado.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina no tratamento precoce de pacientes com Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS), para casos leves, moderados e graves. Em 17 de junho, a pasta ampliou a recomendação de uso para gestantes, crianças e adolescentes. Segundo o documento, a prescrição do remédio é de critério do médico e depende da vontade do paciente.
Medicamento
A hidroxicloroquina é indicada para tratar malária, lúpus e artrite reumatoide, entre outras doenças. O composto é um derivado menos tóxico da cloroquina, mas com efeitos semelhantes no corpo.
Por meio de assessoria de imprensa, o Hospital Sírio-Libanês disse que a instituição não tem recomendação sobre conduta universal de tratamentos.
“O médico tem liberdade para discutir com seu paciente qual o tratamento a ser seguido e pode recomendar o uso da hidroxicloroquina desde que o paciente esteja ciente de que não há evidência científica de eficácia do tratamento para Covid-19 e o médico explique os riscos de efeitos colaterais. O paciente precisa assinar um termo de autorização do uso”, afirma o texto.
Com informações da Folha de S. Paulo.