
Os francesas vão ás urnas neste domingo para o primeiro turno das eleições parlamentares do país. A esquerda se uniu para fazer frente ao presidente reeleito, Emmanuel Macron, na coligação Nova União Ecológica e Social Popular (Nupes), liderada por Jean-Mélenchon.
Mélenchon é temido por Macron. Ele foi o terceiro candidato mais votado nas eleições presidenciais e afirma que o pleito legislativo é a “terceira volta”. Mélenchon também a vitória de Macron à mobilização dos franceses contra a ultradireitista Marine Le Pen.
A Nupes união socialistas, ecologistas e comunistas franceses. Macron tenta seguir pelo meio e pede cautela ante a “extremos” dos dois lados. E reconhece que se “se a eleição presidencial é crucial, as eleições legislativas são decisivas”.
Afinal, a liderança de Jean-Luc Mélenchon pode deixar o governo sem a maioria absoluta de 289 lugares na Assembleia Nacional Francesa e dificultar a vida de Macron, que atualmente tem apoio dos ocupantes de 345 representantes na Casa. Dos 577 assentos disponíveis, 11 são para cidadãos franceses no exterior.
Podem votar para escolher os 577 representantes da Assembleia Nacional Francesa 49 milhões de eleitores. Mas pesquisas têm indicado que o número de abstenções pode ser o maior de todos os tempos.
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Mudanças
Em 2002, a França reduziu o mandato do presidente de cinco para sete anos e as eleições legislativas passaram a ser feitas semanas após essa votação.
A escolha é feita de maneira, mas organizadas de maneira local e os candidatos escolhidos diretamente por seus distritos eleitorais.
Poucos representantes conseguem se eleger para a Assembleia no primeiro turno. Para isso, é preciso ter a maioria absoluta dos votos e 25% do total dos eleitores aptos a votar.
A chamada segunda volta das eleições legislativas acontecem no próximo domingo (19).
Com informações do RFI, DW e Opera Mundi