
Em 2021, as startups brasileiras receberam um valor de R$ 33,5 bilhões em investimento nos primeiros nove meses. Isso significa mais de três vezes o valor registrado no mesmo período de 2020. O recorde foi apurado pela consultoria KPMG em parceria com a ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital).
Com isso, foram considerados valores investidos e anunciados pelos fundos de capital de risco, os quais se dedicam a startups que já estão no mercado. O cenário ocorre ao mesmo tempo em que os voltados a empresas mais velhas e de capital fechado tiveram queda de 27%, acumulando R$ 4,5 bilhões nos primeiros nove meses do ano.
Além disso, a KPMG e a ABVCAP identificaram 226 operações de janeiro a setembro deste ano em startups, comparado a 147 em 2020. O investimento foi de cerca de R$ 130,7 milhões no último trimestre, o que representa 63% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
O gerente de estudos da ABVCAP, Márcio Barea, informou que algumas operações que são consideradas mega rounds de investimento, superiores a R$ 1 bilhão, ajudaram a elevar o patamar dos investimentos e startups no Brasil.
Também há outro fator que impacta o mercado que é a desvalorização do real em relação ao dólar. De acordo com Barea, isso acontece por tornar o investimento mais barato para fundos estrangeiros, que estão atuando em peso no Brasil.
Tirando o avanço das startups, ele também disse que há uma concentração dos investimentos no setor de fintechs e de empresas de software que atuam em vários variados. Tanto que a pandemia acelerou a criação de novos negócios e fez com que crescesse o segmento de ecommerce.
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Autorreforma e as startups
Os socialistas preveem em sua proposta de Autorreforma que a inovação e a economia criativa são elementos indispensáveis desse planejamento de desenvolvimento do país, pois estão presentes tanto no renascimento criativo da indústria, que precisa de inovação tecnológica, como nos serviços, na comunicação e no marketing.
“O Estado precisa estimular os talentos individuais e coletivos, financiando, sem burocracia e com os riscos naturais, os coletivos culturais, as startups, os inventores individuais, os profissionais criativos, em todas os setores da economia e da cultura.”
Autorreforma PSB
Com informações da Folha de S. Paulo