
Um major do Exército retirou jornalistas da TV Centro América, afiliada da Globo em Mato Grosso, por ordem da equipe responsável pela segurança do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os profissionais foram impedidos de trabalhar e retirados, sob ameaça de prisão, de um evento na última sexta-feira (18), durante a visita do presidente a uma fazenda no município de Sorriso (MT).
Os profissionais trabalhavam normalmente na cobertura da passagem de Bolsonaro pelo estado quando um dos seguranças do presidente reconheceu Mel Parizzi, repórter, e Idemar Marcatto, cinegrafista, como funcionários da Globo. Impedidos de seguir trabalhando, eles foram imediatamente conduzidos para fora da fazenda.
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O caso se tornou assunto no Jornal Nacional da última sexta. O Palácio do Planalto não respondeu aos questionamentos nem justificou a remoção dos profissionais, encarada como censura por associações de imprensa.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgaram nota de repúdio contra as medidas impostas.
Ataques de Bolsonaro à imprensa
Segundo a nota das associações, os agentes de segurança de Bolsonaro permitiram a entrada de outras equipes de reportagem, impedindo, arbitrariamente, o trabalho da equipe da TV. Além das ameaças aos profissionais de imprensa, o comunicado destaca que qualquer tipo de censura cerceia o direito constitucional da sociedade de ser livremente informada e fere a liberdade de imprensa.
Com informações do IG e Jornal Nacional