
A justiça dos Estados Unidos denunciou formalmente Steve Bannon, nesta sexta-feira (12), por desacato ao Congresso. O anúncio foi feito pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Ex-conselheiro do ex-presidente estadunidense Donald Trump, Bannon foi indiciado por um júri federal em duas acusações de desacato ao Congresso dos Estados Unidos.
O ex-assessor do ex-presidente estadunidense Donald Trump pode ter a ordem de prisão expedida a qualquer momento.
É a primeira vez em 38 anos que alguém é indiciado por essa acusação.
Bannon descumpriu uma intimação emitida pelo Comitê da Câmara que investigava a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro passado, e se recusou a apresentar documentos, conforme solicitado.
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“A intimação exigia que ele apresentasse documentos e que comparecesse para um depoimento perante o Comitê. De acordo com a acusação, o senhor Bannon recusou-se a comparecer para prestar depoimento conforme exigido pela intimação e recusou-se a apresentar documentos em conformidade com a intimação”, disse o procurador Matthew Graves.
Bannon participou ativamente da articulação da invasão ao Capitólio nas eleições que derrotaram Trump.
Bannon e os Bolsonaro
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tem estreitado as relações com Steve Bannon e o círculo de ex-assessores de ultradireita que definiram as estratégias da eleição e da tentativa de reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos.
Em setembro, o filho “Zero Dois” de Jair Bolsonaro (sem partido) busca repetir a estratégia da ultradireita para tentar salvar o chefe da família.
Em dois meses, Eduardo se encontrou com Bannon em evento conservador nos Estados Unidos e trouxe para o Brasil o ex-assessor de Comunicação, Jason Miller, e o filho de Trump, Donald Trump Jr.
Miller chegou a ser detido por agentes da Polícia Federal a mando de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), quando embarcava para voltar aos EUA.
Dono da plataforma Gettr, criada para levar Donald Trump de volta às redes sociais depois de seu banimento do espaço cibernético, Miller foi interrogado no inquérito das fake news, desdenhou dos agentes e ironizou Moraes nas redes sociais.
Além dele, participaram do evento promovido por Eduardo Bolsonaro Charlie Gerow, estrategista de comunicação do Partido Republicano (hoje controlado por Trump); Mark E. Green, deputado republicano; e o casal Matt Schlapp, lobista e presidente da União Conservadora Americana, e Mercedes Schlapp, que foi diretora de comunicações estratégicas de Trump.
Com informações do Brasil 247 e Metrópoles