
O espaço pensado para ser um ambiente afetuoso para pessoas negras se encontrarem, criarem redes de solidariedade e se fortalecerem na luta contra o racismo, virou uma grande celebração de ancestralidade. Assim definido pelos organizadores, o Festival Wakanda in Madureira começou nesta sexta-feira (10) e segue até domingo (12), com atividades pelo Instagram e Facebook do evento.
O evento abriu suas atividades com contação de histórias e leitura dramatizada do livro ‘O Pequeno Príncipe Negro’ feita pelo autor da obra, Rodrigo França. Ex-BBB, França também é cientista social, ator, diretor, roteirista e filósofo.
Ao longo da tarde e noite haverá entrevistas com nomes como Pretinho da Serrinha e Teresa Cristina, shows voz e violão, roda de samba, Dj e papos sobre emergências da comunidade.
Origem Wakanda
O que começou há dois anos como um piquenique entre pessoas negras da comunidade, se transformou em um Festival e mais recentemente virou também um movimento sociocultural, centrado na luta negra.
Nesta edição, o festival tem o propósito especial de arrecadar fundos para a campanha Wakanda in Madureira contra o coronavírus. Os realizadores informam que “todo a dinheiro arrecadado será para ajuda e auxílio dos produtores culturais, colaboradores e empreendedores do bairro nessa crise”.
“Dizemos sempre o seguinte: se a empreitada colonial separou nossa família, o Wakanda é um convite para que estejamos juntos”.

O festival tem o objetivo é diminuir o espaço entre as gerações, aprender e conhecer cada vez mais nossa História a partir das narrativas daqueles que construíram a luta antes de nós.