
Durante sua participação em evento virtual do Jota, site especializado em informações jurídicas, nessa terça-feira (5) o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), fez um grave alerta sobre a atual situação política do Brasil, afirmando que “a democracia está gravemente em risco” no país.
“Temos um chefe de governo que tenta impor um padrão de funcionamento da sociedade oposto ao que a Constituição preconiza”.
Em referência ao protesto do último dia 3 de maio, em frente ao Palácio do Planalto, ele foi claro quanto às agressões diretas aos profissionais de imprensa. “Vejo sinais preocupantes, que não são necessariamente retóricos. O chefe de Estado exerce poderes materiais, fáticos e também simbólicos”, complementou.
STF
Ex-deputado federal, Dino avalia que as atitudes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) terão consequências jurídicas e políticas, mas não agora.
“Temos um presidente investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), então é claro que isso terá um desdobramento no próprio Supremo e ensejará um debate no Congresso, mas não agora”, diz. “Há uma ansiedade normal, dada a gravidade dos fatos. É preciso entender que o processo político tem o seu encadeamento lógico e não haverá desfecho agora”.
Fenômeno de massas
No mesmo dia, durante um debate online promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Dino afirmou que Bolsonaro não é alguém que representa entidades empresariais ou lideranças de um segmento de classe.
“Ele é fruto de um fenômeno de massas sustentado por robôs, fake news e um discurso marcado pela agressividade. Isso o condena a ser o que ele é”, diz Dino, lembrando que o problema é ser tudo isso quando se é presidente da República. “O presidente tem funções simbólicas fortes, a palavra presidencial é um poder. Se o presidente destrata um jornalista, no dia seguinte um apoiador seu chuta o jornalista porque a palavra presidencial induz a isso”, garantiu o governador.
Com informações do Vermelho.