
O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) afirmou que o acampamento instalado no Quartel-General do Exército em Brasília de manifestantes bolsonaristas inconformados com resultado das eleições está em “fase final” e começou a ser desativado nesta terça-feira.
“Estamos vendo uma tentativa, infelizmente, de trazer o terrorismo político para o Brasil, e nós não vamos aceitar. As investigações estão em andamento, pessoas foram presas e mais pessoas foram presas”, disse Dino em entrevista à CNN Brasil.
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Durante a entrevista, Dino também menciona que esperava uma desmobilização voluntária dos acampamentos até 1º de janeiro, data da posse presidencial. Caso contrário, uma segunda possibilidade seria a desmobilização compulsória, de acordo com ele.
“Espero que essa desativação se estenda a todo o território nacional para que a lei seja cumprida”, declarou Dino.
De acordo com pessebista, os extremistas relacionados a atos violentos na capital são perigosos, mas correspondem a pequenos grupos. O futuro ministro afirma que a cerimônia de posse será realizada de forma segura, com isolamento da área do Planalto e mobilização integral das forças policiais do Distrito Federal.
“No momento em que infelizmente tem ocorrido, ainda que de modo declinante, a resistência ao resultado legítimo das urnas, o uso da força foi aumentando. Então nós temos várias prisões já efetuadas, várias prisões por serem efetuadas, nós temos várias investigações em andamento que resultarão em novos pedidos de prisão de crimes muito graves, cujas penas podem chegar a até 30 anos”, afirmou o futuro ministro.
Mais cedo nesta terça-feira, Dino disse que enviará ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de suspensão de todos as posses e portes de armas em Brasília de quarta-feira (28) até 2 de janeiro de 2023, um dia depois da posse presidencial.
Dino anuncia escolhido para Secretaria Nacional de Políticas Penais
O futuro ministro Flávio Dino anunciou na manhã desta terça-feira (27) o nome de Rafael Velasco Brandani para o cargo de secretário nacional de Políticas Penais da sua gestão, órgão que substituirá o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
O novo indicado atualmente é subsecretário de administração penitenciária do Maranhão. Seu nome substitui o do coronel Nivaldo Restivo, da Polícia Militar de São Paulo, que declinou do convite na sexta-feira passada (23), dois dias depois do anúncio de seu nome. Em nota, Nivaldo atribuiu a recusa a motivos pessoais.
Brandani é policial penal de carreira e também atuou no sistema prisional do Estado de Minas Gerais. A confirmação de seu nome foi feita por meio das redes sociais do futuro ministro.
“O policial penal Rafael Velasco Brandani será o novo Secretário Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele tem experiência na área, em Minas Gerais e no Maranhão. Neste Estado é o atual subsecretário de administração penitenciária”, escreveu Dino na publicação.
Na última semana, Dino já havia realizado uma mudança em suas indicações para formar a equipe da nova gestão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.