
Sem o apoio de líderes evangélicos, os candidatos à Prefeitura de São Paulo Márcio França (PSB) e Jilmar Tatto (PT) adotaram a estratégia de dialogar diretamente com as bases das igrejas. Os dois ocupam, respectivamente, a quarta e a quinta colocações, segundo o Ibope.
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Nessa segunda-feira (19), França recebeu apoio de 500 líderes religiosos de igrejas como Assembleia de Deus, Universal, Presbiteriana e Batista em ato pluripartidário realizado no Parque São Jorge, no Tatuapé, zona leste. Enquanto isso, Tatto assinou uma carta de compromisso com os evangélicos em um ato na quadra do Sindicato dos Bancários.
O objetivo é garimpar votos do eleitorado evangélico paulistano, que em sua maioria tendem para o candidato Celso Russomanno (Republicanos) ou para o atual prefeito que tenta sua reeleição, Bruno Covas (PSDB). Os evangélicos representam cerca de 30% do eleitorado brasileiro.
“Cada um deles têm duas, três, cinco, oito, dez igrejas. Não são os grandes. Os principais líderes nacionais e estaduais já têm seus candidatos a vereador e têm vínculo com o governo do Bruno (Covas, atual prefeito)”, afirmou França, sobre sua aproximação com os líderes religiosos.
A carta de compromisso assinada por Tatto foi articulada pelo Movimento de Evangélicos e Evangélicas em apoio à sua candidatura.
A ideia é mostrar que o legado do PT na cidade atende a diversos pontos da pauta evangélica. Entre as realizações citadas como valores cristãos estão o Bilhete Único, os corredores de ônibus e o Programa Almoço e Janta. “Buscamos estabelecer um diálogo através de programas que têm a preocupação com a família como centro”, disse o coordenador da campanha, Laércio Ribeiro.
Com informações do Estadão