
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), 11 pessoas, suspeitas de agir como funcionários fantasmas, teriam recebido a quantia de R$7 milhões no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O valor, que foi atualizado para os dias de hoje, é mencionado em um ofício que integra a investigação que tem como alvo o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (se partido). O documento foi divulgado pela Globo News, na última sexta-feira (4).
Ainda segundo a reportagem, um dos assessores suspeitos, Guilherme Hudson, que ficou lotado por quase 10 anos no gabinete de Carlos Bolsonaro, recebeu R$ 1.476.780,60. O MPRJ diz ainda que apenas cinco dos servidores tinham crachá, o que dificultava o controle de quem era de fato funcionário do gabinete e quem agia como servidor fantasma.
Abertura de procedimento
O MPRJ abriu dois procedimentos para apurar o uso de funcionários fantasmas e a prática de rachadinha, como é conhecida a devolução de salários, no gabinete de Carlos Bolsonaro. O órgão se baseou em duas denúncias feitas pela revista Época, em junho do ano passado, segundo a qual o filho do presidente empregou sete parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro.
Carlos Bolsonaro usou sua conta no Twitter para comentar a reportagem da Globo News, questionando o fato de a emissora ter tido acesso a dados sob segredo de Justiça.
Como a Globo tem acesso a SEGREDO DE JUSTIÇA? O “problema” agora é: FUNCIONÁRIOS RECEBEM SALÁRIOS AO LONGO DE 19 ANOS. Tão Inacreditável quanto é que pegar o último salário de cada pessoa e multiplicar pelo tempo trabalhado, ignorando os valores mais baixos dos anos anteriores. pic.twitter.com/VBxzbjrTpW
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) September 4, 2020
Com informações do Correio Braziliense