
Antenas móveis de conexão banda larga via satélite começaram a ser instaladas na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. De acordo com o Ministério das Comunicações, foram disponibilizados 17 equipamentos para apoiar o atendimento médico à população e fortalecer ações de enfrentamento à situação de emergência em saúde pública que afetou a região.
“Estamos aqui hoje (9) para fazer a ligação de um serviço de conectividade através do programa Wi-Fi Brasil. Já temos outros vários equipamentos aqui em Boa Vista que serão distribuídos aos demais polos-base, levando conectividade, comunicação para essas áreas para que dê suporte a todas as equipes humanitárias da Força Nacional de Saúde”, destacou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
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Segundo a pasta, equipes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde que estão no território Yanomami já receberam treinamento para utilização de antenas móveis. Nove pessoas foram capacitadas e devem atuar como multiplicadoras de informação dentro dos polos de atendimento.
Os equipamentos funcionam como Terminais Transportáveis Telebras por Satélite, que se conectam à internet por meio do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas. O dispositivo tem bateria para uso em períodos de falta de energia, com duração de até oito horas. O modem possui wi-fi embarcado, e podem ser conectados aparelhos celulares e computadores.
As antenas estão sendo enviadas em caráter emergencial, mas, de acordo com o ministério, ainda este ano, estuda-se conectar as localidades de forma permanente.
Governo Lula endurece medidas contra garimperios em terra Yanomami
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou nesta semana ações para retirada do garimpo ilegal da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Equipes do Ibama, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública destruíram, na terça-feira (7), um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas que serviam de apoio logístico aos garimpeiros.
O trator era usado para abrir “ramais” para movimentação dos garimpeiros na floresta. Houve ainda apreensão de duas armas e três barcos com aproximadamente 5 mil litros de combustível. Com a operação, o governo quer inviabilizar o fornecimento de suprimentos, abertura de rotas e escoamento da produção dos garimpos na terra indígena, de acordo como Ibama.
Em outra frente, uma base de controle foi instalada no Rio Uraricoera para bloquear a passagem de barcos com combustível e equipamentos — antenas de internet e geradores, por exemplo —, com destino aos garimpeiros. O material é levado por “voadeiras” — barcos movidos a motor —, de 12 metros, que chegam a carregar uma tonelada de alimentos. Todo suprimento apreendido será usado para abastecer aba-se de controle.
Outras bases, fornecida pela Funai, serão montadas em diversos pontos da terra indígena. Foram feitos sobrevoos pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama para identificar e destruir pistas de pouso clandestinas na região.
Por Agência Brasil