
Pelo segundo ano consecutivo a área militar será preservada, por “ordem superior”, de cortes de recursos, apesar da previsão de aperto econômico para 2021, considerado um ano difícil do ponto de vista fiscal. Assim, o Ministério da Defesa é mantido fora de um eventual contingenciamento orçamentário, necessário à retomada, pelo governo, do reequilíbrio de suas contas, após os gastos extraordinários com a pandemia.
A manutenção desses investimentos na Defesa contraria o discurso de autoridades do Ministério da Economia, pois, como avalia o Valor, torna o Orçamento ainda mais engessado e reduz margens para o ajuste fiscal. A própria pasta da Economia estimou, ao divulgar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2021, que as chamadas despesas discricionárias deverão cair dos R$ 120 bilhões em 2020 para R$ 103,1 bilhões no próximo ano.
Segundo o jornal, fontes de áreas técnicas do governo atribuem a uma “ordem superior” a decisão de impedir que a exclusão atinja os investimentos do Ministério da Defesa .
No orçamento 2020, os investimentos do Ministério da Defesa foram fixados em R$ 7,1 bilhões, sendo que, deste total, até início deste mês, R$ 3,7 bilhões já foram empenhados, e R$ 1,9 bilhão, pago (com restos a pagar), de acordo com sistema que registra despesas e receitas do governo federal, o Siafi.
Com informações do Valor.