
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) e parlamentares socialistas cobram o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em nota divulgada nesta terça-feira (7), o PSB afirma que “o povo brasileiro está farto do governo Bolsonaro, que piorou nossa qualidade de vida sob quaisquer critérios que se possa aferir ou imaginar”.
Além disso, o partido ressaltou os ataques do presidente à democracia: “os rompantes autoritários recorrentes do bolsonarismo deixam claro que a democracia corre perigo, evidência que tem mobilizado a imensa maioria da população em defesa das garantias e liberdades democráticas”.
O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), avisou pelas redes sociais que a bancada socialista está conversando com outros partidos para pressionar pelo impeachment do presidente.
Molon também gravou um vídeo no qual afirma que não é mais possível tolerar os ataques de Bolsonaro contra o Estado de Direito e instituições.
Atualmente, há mais de 130 pedidos de impedimento do presidente formulados por diversos grupos políticos que aguardam posicionamento da presidência da Câmara dos Deputados, responsável por encaminhar os pedidos.
O líder do PSB na Câmara, Danilo Cabral (PSB-PE), comentou que Bolsonaro segue desafiando o Congresso Nacional, o STF e a democracia.
O deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE) ressaltou que o presidente Bolsonaro mais uma vez ultrapassa as responsabilidades políticas do cargo.
Bira do Pindaré (PSB-MA) cobrou posicionamento do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quando aos pedidos de impeachment.
O deputado federal Gervásio Maia (PSB-PB) também cobra o impedimento de Bolsonaro.
Camilo Capiberibe (PSB-AP) lembrou que o contexto social, com alta na inflação, desemprego e conflitos entre poderes, o presidente ficou com discurso vazio.
Elias Vaz (PSB-GO) reforçou que os ataques à democracia são recorrentes nos atos bolsonaristas e que justificam o encaminhamento do impeachment do presidente.
Ramos defende impeachment de Bolsonaro
Nesta quarta-feira (8), o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), gravou um vídeo no qual avalia que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade e considera inevitável a abertura do processo de impeachment do presidente da República.
Na terça-feira (7), Ramos usou as redes sociais para se manifestar contra atos antidemocráticos, como o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), e defender que a participação de Bolsonaro na programação dá motivação suficiente para a abertura de um processo de impeachment do presidente. Ele se manifestou contra atos antidemocráticos e criticou o presidente por encabeçar a pauta dos protestos.
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Após o tradicional desfile de Dia da Independência, Bolsonaro realizou discursos inflamados em eventos em Brasília (DF) e em São Paulo (SP), incomodando não apenas os socialistas. Ainda ontem, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, convocou reunião da direção do partido para discutir o tema, diante das “gravíssimas declarações do presidente da República no dia de hoje”.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e governadores de vários estados também utilizaram as redes sociais para opinar.
O PSL e o DEM publicaram, nesta quarta, uma nota conjunta repudiando “com veemência” o discurso do presidente a apoiadores. É a primeira ação pública em conjunto das legendas, que estão negociando uma fusão para se posicionar nas eleições presidenciais em 2022.
Com informações do Metropoles e do G1