
Na sexta-feira (10), o Instagram anunciou que não vai permitir que usuários postem ou compartilhem conteúdos promovendo terapias de conversão, prática conhecida como “cura gay“. O bloqueio vai se estender também a posts prometendo “converter” indivíduos transgêneros.
A rede social prometeu ação enfática contra esse tipo de conteúdo em uma declaração à BBC.
A terapia de conversão, “cura gay“, é descreditada por várias instituições científicas, incluindo a Associação Psiquiátrica Americana (APA) e o Conselho Federal de Psicologia do Brasil (CFP). Segundo as entidades, o tratamento é ineficaz e cruel.
Historicamente, técnicas usadas para tentar “modificar” a sexualidade ou identidade de gênero de uma pessoa incluem: lobotomia, castração química, terapia de aversão usando choques elétricos e/ou medicamentos que induzem sentimentos negativos enquanto o paciente é estimulado por conteúdo homoerótico, entre outras.
Brasil
O Brasil é um dos poucos lugares do mundo onde a terapia de conversão é de fato proibida — em 1999, nos tornamos o primeiro país do mundo a banir este tipo de “tratamento”, através de uma decisão do CFP.
Após anos, tentativas foram feitas de reverter a proibição. Em 2017, um juiz federal foi contra a decisão e permitiu que um psiquiatra aplicasse a terapia de conversão, mudando de ideia meses depois.
Em janeiro de 2018, o CFP estabeleceu normas para o tratamento de pacientes transgêneros e travestis, banindo terapias de conversão também entre esta população. Argentina (em 2010), Equador (em 2014), Uruguai (em 2017), Taiwan (em 2018) e Alemanha (em 2019) também estão entre os países com proibições a este tipo de “tratamento” em nível nacional.
Com informações do UOL.