
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Columbia apontou que, se os Estados Unidos tivessem começado a impor medidas de distanciamento social uma semana antes da identificação do primeiro caso de coronavírus, em março deste ano, cerca de 36 mil vidas teriam sido poupadas.
Os pesquisadores afirmam ainda que, se o país tivesse começado a adotar o isolamento social em 1º de março, duas semanas antes do que fizeram os estados mais atingidos pela pandemia, os EUA teriam evitado cerca de 83% das mortes decorrentes da doença, o equivalente a 54 mil vidas.
É uma grande, grande diferença — disse Jeffrey Shaman, epidemiologista de Columbia e líder da equipe de pesquisa. — Esse pequeno espaço de tempo teria sido incrivelmente crítico na redução do número de mortes.
A equipe de Shaman projetou o que teria acontecido se essas mesmas mudanças tivessem ocorrido uma ou duas semanas antes e estimou a disseminação de infecções e mortes até 3 de maio nos dois cenários.
Recordes em um só dia
Puxado pelo número de casos nos Estados Unidos, Brasil, Rússia, Arábia Saudita, Índia, Peru e Catar, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, nesta quarta-feira (20), que o mundo registrou um novo recorde de infectados pela covid-19 em um único dia, desde o início da pandemia. Ao todo, foram 106 mil casos em 24 horas.
Nos EUA, a pandemia foi responsável pela morte de 93.400 pessoas, deixando mais de 1,5 milhão de infectados até o momento. Com o maior número de contaminações registradas no mundo, os EUA começam a registrar uma queda nos novos casos, mas alguns estados ainda preocupam, o que ocorre em meio a medidas para a retomada das atividades socioeconômicas.
Já no Brasil, em apenas um dia, foram contabilizadas 888 mortes e 18.859 vítimas da covid-19, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde. Os números resultaram em 18.859 óbitos e 291.579 confirmados da doença, de acordo com o último balanço sanitário.
Com informações do Jornal O Globo.