
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se referiu à situação da falta de oxigênio para pacientes da Covid-19 em Manaus como um “desastre sanitário de Jair Bolsonaro” durante o despacho de suprimentos de oxigênio de emergência para o estado brasileiro.
“Vamos ver um vídeo que vamos compartilhar com vocês sobre esse caso do Brasil e da situação alarmante, alarmante do nosso povo-irmão do Brasil frente ao desastre sanitário de Jair Bolsonaro”, afirmou Maduro.
O comboio de caminhões chegou à fronteira na manhã desta segunda-feira (18), em meio ao colapso do sistema de saúde em Manaus, com cerca de 136 mil litros de oxigênio, suficientes para encher 14 mil cilindros.
“Se algo deve vir em primeiro lugar entre nós, cristãos, neste momento, é a solidariedade”, disse Maduro, no comando do país duramente atacado por Bolsonaro. “O povo brasileiro deve saber que estamos dispostos a ajudar o Brasil o quanto pudermos e ainda mais.”
Bolsonaro ironiza ajuda de Maduro
Pressionado pelo fracasso de seu governo no enfrentamento da pandemia de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou ao discurso mais ideológico nesta segunda-feira (18).
“Agora se fala que a Venezuela está fornecendo oxigênio para Manaus. É White Martins, é uma empresa multinacional que está lá também. Agora, se o Maduro quiser fornecer oxigênio para nós, vamos receber, sem problema nenhum. Agora, ele poderia dar auxílio emergencial para o seu povo também. O salário mínimo lá não compra meio quilo de arroz”, disse Bolsonaro para apoiadores.
O presidente ainda ridicularizou a ação solidaria e apelou para piadas gordofóbicas.
“Vem uns idiotas, eu vejo aí, elogiando ‘olha o Maduro, que coração grande ele tem’. Realmente, daquele tamanho, 200 kg, 2 metros de altura, o coração dele deve ser muito grande. Nada mais além disso”, afirmou Bolsonaro.
Com informações do UOL