
Decidido a dificultar a vacinação da população contra a covid-19 e sempre agindo contra estudantes e professores, o governo de Jair Bolsonaro (PL) decidiu proibir a exigência de vacinação como condição para o retorno das aulas presenciais nas instituições federais de ensino.
A determinação foi publicada na última quinta-feira do ano passado (30/12), no Diário Oficial da União (DOU) e foi assinada pelo ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro.
Para o deputado socialista Aliel Machado (PSB-PR), a decisão do MEC é descabida.
A alegação da pasta é que a exigência do comprovante de vacinação só poderia ser feita por meio de lei.
Enquanto isso, reitores avaliam se entram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a proibição do MEC.
O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), Marcos Vinícius David, a determinação do MEC fere a autonomia das universidades.
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“Nós temos absoluta segurança e convicção de que as nossas instituições têm toda a capacidade no âmbito interno para implementar os protocolos necessários no processo de retomada das atividades presenciais”, afirmou.
De acordo com o presidente da Andifes, os reitores foram surpreendidos.
“É uma decisão que cria muitas dificuldades para as universidades, tem universidade que preparou todo o seu protocolo de retorno, retornando aulas agora na segunda-feira”, afirmou David.
O reitor afirma ainda os dilemas da vacinação estão ultrapassados.
“Nós temos que fazer um trabalho forte no Brasil para vacinar toda a população e não tomar medidas que vão no sentido contrário a isso. Temos que estimular as pessoas a vacinarem para superar logo essa pandemia”, enfatizou.
Bolsonaro, contudo, segue atacando e dificultando a vacinação no país em claro desprezo pela vida da população.
Já disse, por exemplo, que “é melhor perder a vida do que a liberdade” e afirma que a morte de crianças por covid não justifica a sua vacinação.
Com informações do Terra