
O movimento Renda Básica que Queremos, formado por 163 organizações da sociedade civil, lançou nessa segunda-feira (22) campanha para pressionar senadores e deputados a prorrogarem o auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro. As organizações pedem que o benefício tenha validade até dezembro, quando termina o estado de calamidade pública decretado para a pandemia.
O governo Bolsonaro acena só com mais duas parcelas de R$ 300 e o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende R$ 600 por mais dois ou três meses.
No último fim de semana, Maia publicou em suas redes sociais um tuíte com recado contundente ao governo. “O governo não pode esperar mais para prorrogar o auxílio. A ajuda é urgente e é agora”, cobrou Maia, que acrescentou ter o apoio da maioria dos deputados nessa posição.
Como registra o Estadão, a campanha ocorre após recentes negociações no Congresso para a prorrogação do auxílio, que ganharam força depois que o ministro da Economia, Paulo Guedes, acenou com a concessão de mais duas parcelas de R$ 300.
A coleta de assinaturas pela campanha visa a manutenção do auxílio por mais seis meses, além das três parcelas iniciais, mas com mudanças das regras.
O documento elaborado pelo movimento apresenta propostas sanear a legislação e mitigar problemas na implementação do benefício, como os que deixaram muitos brasileiros que precisam sem o socorro. O programa chegou a realizar pagamentos irregulares do auxílio, por exemplo, para militares das forças armadas, e mais recentemente à esposa de Fabrício Queiroz, amigo de Jair Bolsonaro, preso na quinta-feira (17).
Leia aqui, a íntegra do documento.
Emergência
A diretora de relações institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, Paola Carvalho, afirma que o próprio governo, ao vetar trechos da lei do auxílio, acabou criando problemas graves para administrar na implementação do programa.
“É uma emergência que não foi emergencial como deveria e estamos passando dos 50 mil mortes, inúmeras cidades com bandeira vermelha e necessidade de distanciamento, desemprego lá em cima”, diz ela.
Cada assinatura eletrônica é enviada automaticamente, por email, para nove “alvos” do Congresso, entre eles Rodrigo Maia, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), lideranças do governo e das bancadas.
Com informações do Estadão.