
Em debate, a deputada estadual e candidata à prefeitura do Rio de Janeiro, Renata Souza (PSOL) destacou que as mulheres negras sofrem processos de violência politica. Ela foi a segunda convidada da série “Encontro com Prefeitáveis” organizada pela iniciativa Giro 2020.
Segundo o Alma Preta, no encontro, realizado nessa quarta-feira (14), ela lembrou o marco de 31 meses do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco.
“Eu não posso deixar de fazer um registro que hoje é um dia simbólico que marca mais um mês em que estamos sem resposta. A gente sabe que nós, mulheres pretas, sofremos processos de violência política. Hoje é mais um 14 em que questionamos quem mandou matar a Marielle”, afirmou.
Assim como Benedita da Silva (PT), Renata assumiu o compromisso com uma agenda de práticas e pautas antirracistas, feministas e populares a partir do legado de Marielle para as eleições deste ano.
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Se eleita, a candidata prometeu que vai implantar um pacto pela equidade de gênero e raça no Rio de Janeiro. Com esse programa, Renata quer que a população negra passe a ter a possibilidade de ser reconhecida enquanto um sujeito político também no seu trabalho e cargos de poder.
“Esse é um compromisso também para os demais cargos da prefeitura e empresas privadas. Vamos trazer a possibilidade, inclusive, de instauração de incentivos fiscais para aquelas que se comprometerem com o pacto”, explicou.
No debate, Renata Souza também pontuou a necessidade de planejar o Rio de Janeiro enquanto uma capital metropolitana, e que esse pensamento precisa estar presente também na construção do plano diretor. Para Renata, a cidade precisa ainda de um governo participativo para o enfrentamento das desigualdades.
“A participação popular vai ser o nosso método para conduzir a política municipal. Nós sabemos que a desigualdade social foi estruturada como uma verdadeira política pública, por isso essa pauta está presente em todos as áreas do nosso plano de governo. Queremos que nossas propostas tenham a cara do povo e que tragam a experiência concreta da população da nossa cidade. Em uma lógica democrática de cidade, a população não é chamada só para aplaudir e sim participar efetivamente da política” enfatizou.
O debate completo está disponível no Facebook e no YouTube da Casa Fluminense.
Com informações do Alma Preta