‘Não joguei a toalha’, diz secretário sobre alternativas para Festival de Cinema de Brasília

Ao anunciar o cancelamento de um dos mais tradicionais festivais de cinema no Brasil, o Festival de Cinema de Brasília, o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues, disse: “ainda não joguei a toalha”. Em entrevista ao CB.Poder na segunda-feira (8), o secretário explica que está buscando alternativas para o festival de cinema.

Inconformados com o anúncio do cancelamento da 53ª edição do festival, integrantes do setor audiovisual do Distrito Federal elaboraram nota em que classificam de “boicote” a decisão do governo distrital.

Ao CB.Poder, Bartolomeu Rodrigues disse também estar “extremamente frustrado” com o cancelamento do evento e explica a situação do setor cultural na pandemia.

“Estamos trabalhando intensamente, porque eu ainda não joguei a toalha. E, na verdade, antecipei o posicionamento porque nosso deadline esgotou e os recursos destinados para o Festival foram alocados para outras áreas. Acho que a gente está vivendo um momento difícil”

Ele ainda traça, para o jornal braziliense, o panorama cultural na pandemia e reafirma a relevância do setor, que para ele “ é fundamental, inclusive para a retomada do desenvolvimento, ela é alavancadora desse processo”.

“Tenho recebido muitas manifestações de associações, entidades, pessoas do mundo cultural e de fora que estão me colocando de pé no sentido de não deixar o festival morrer. E a minha resposta é: não vamos deixar ele morrer. Vamos dar as mãos e buscar criatividade, formas de viabilizar o festival. Acho que ainda é possível”

Bartolomeu avalia que recursos do FAC, por exemplo, podem ajudar os agentes culturais nesse momento. “Lançamos o edital FAC Regionalizado recentemente, em valor superior ao de edições passadas, para sinalizar que nós não perdemos a atenção nesse setor”

Bartô, como é chamado no meio cultural do DF, menciona a recente aprovação da Lei Aldir Blanc de socorro emergencial ao setor, pelo Congresso Nacional, e, lembrando que a medida depende da sanção presidencial, pergunta: Vamos esperar por isso até quando?

Confira AQUI a entrevista completa.