
Dois meses após o primeiro episódio do apagão que deixou a capital do estado, Macapá, sem energia por mais de 20 dias, ao menos 13 das 16 cidades do Amapá ficaram sem fornecimento de energia elétrica na tarde desta quarta-feira (13).
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), às 15h53 houve o desligamento de dois circuitos da linha de transmissão Laranjal – Macapá e das hidrelétricas de Ferreira Gomes, Cachoeira Caldeirão e Coaracy Nunes. Ainda segundo o ONS, às 16h38 toda a rede básica já estava restabelecida.
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A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) afirmou, em nota, que o problema de fornecimento de energia para as cidades foi registrado por volta de 16h e que, às 16h21, “o trecho da linha de transmissão foi normalizado” e “os sistemas de distribuição começaram a ser recompostos para restabelecer o fornecimento na capital e demais municípios”.
Falha na linha de transmissão
Em outro comunicado, a companhia disse que a situação “não tem relação com problemas de distribuição”. “Foi identificado uma ocorrência na linha de transmissão no trecho Macapá/Jari. A Companhia aguarda as informações oficiais do Operador Nacional do Sistema Elétrico”.
Em nota, o ONS afirmou que irá elaborar o diagnóstico desta nova ocorrência no estado do Amapá.
Crise energética no estado
O estado enfrentou falta de energia elétrica em várias regiões em novembro de 2020, quando um incêndio atingiu o transformador 1 da subestação da empresa Isolux, no norte de Macapá, que faz a conexão da rede local ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
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No dia 23 de dezembro de 2020 foi energizado o transformador de “backup” que garante segurança energética para 89% do estado. A ativação do equipamento, que saiu de Roraima, integra um planejamento feito pelo governo federal para a normalização do fornecimento do serviço no estado. Agora o Amapá tem à disposição três equipamentos do tipo.
Representantes do Amapá cobram explicações
Representante do PSB no Amapá, deputado Camilo Capiberibe disse que a falha desta quarta “lembra que o sistema funciona com precariedade”. “A nota da LMTE recorda que falta o sistema de redundância, um sistema reserva. ONS, MME e Aneel precisam dar uma resposta eficaz.
Vamos continuar cobrando”, garantiu.
Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) declarou que peticionou o caso na Justiça Federal do Amapá. “Na ação que já movemos anteriormente e que está sob a relatoria do Dr. João Bosco, para que a ANEEL e o ONS, no prazo de 48h, expliquem as razões, causas, circunstâncias do apagão que acabou de atingir a capital Macapá e os outros 13 municípios do Estado do Amapá”, anunciou.
“Da mesma forma, no âmbito dessa petição, nesta sexta-feira (15), o Dr. João Bosco realizará uma inspeção judicial na subestação de Macapá, que será acompanhada pela nossa equipe. Não iremos tolerar que um outro apagão, de igual proporção do ocorrido em novembro do ano passado, volte a atingir o nosso povo!”.
Com informações do G1 e CNN Brasil
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