O matriarcado no combate à pandemia

Países com os melhores resultados contra o coronavírus tem uma coisa em comum: liderança feminina

Na luta contra a pandemia do coronavírus as respostas dos países têm sido variadas e com resultados diferentes, mas as de maior sucesso possuem a liderança feminina em comum. Os países possuem culturas diferentes, com estratégias únicas, mas com êxito parecido. Confira as cinco grandes líderes que estão servindo de exemplo para o mundo:

Angela Merkel, chanceler da Alemanha

O país foi atingido duramente pelo vírus, e figurou entre os cinco países com o maior número de infectados. Mas o governo de Merkel agiu cedo informando a população da gravidade, realizando um vasto número de testes e oferecendo milhares de leitos de UTI. Com isso, a taxa de mortalidade no país permanece baixa, cerca de 1,6%.

Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan

Uma das líderes que teve a resposta mais rápida contra o coronavírus. Antes mesmo da OMS declarar que o vírus era transmissível entre humanos em dezembro, ela já tinha determinado que passageiros que chegassem da China fossem monitorados. Em janeiro, introduziu 124 medidas para bloquear a disseminação, o que inclui o isolamento. Hoje, há 393 casos e apenas 6 mortes na região. Tsai conseguiu o que a CNN chamou de “uma das melhores atuações no mundo”.

Jacinda Ardern, primeira ministra da Nova Zelândia

Apesar de ter o privilégio da geografia e tamanho do país, Jacinda também contribuiu com a sua liderança. Ela determinou testes em massa e tomou a decisão de fechar a fronteira quando havia apenas 6 casos no país. Até hoje foram registradas apenas 4 mortes.

Katrín Jakobsdóttir, primeira-ministra da Islândia

O país está oferecendo testes gratuitos de coronavírus a toda sua população e se tornará objeto de estudo para saber as verdadeiras taxas de disseminação e mortalidade da Covid-19. Em proporção à sua população, o país já examinou cinco vezes mais pessoas do que a Coreia do Sul e instituiu um sistema de rastreamento completo, com isso eles não tiveram de fechar escolas ou comércio.

Sanna Marin, primeira-ministra da Finlândia

É a mais jovem chefe de estado do mundo e usou a tecnologia ao seu favor. Reconhecendo que nem todo mundo lê a imprensa tradicional, ela está convidando influenciadores a divulgar informações baseadas em fatos sobre o gerenciamento da pandemia. Com apenas 3 mil infectados, seu sucesso é tão grande que pesquisas indicam que sua aprovação é de 85%.

Erna Solberg, primeira-ministra da Noruega

Além de todas as medidas de isolamento, Solberg surgiu com uma ideia inovadora. Ela realizou uma conferência de imprensa em que nenhum adulto era permitido, respondeu às perguntas de crianças de todo o país explicando a pandemia. A Noruega já considera que controlou a pandemia, porque o número de pessoas infectadas caiu abaixo de 1, para 0,7, contra 2,5 antes da adoção de medidas para combater a doença.

As estratégias eficazes e empatia demonstrada por todas as governantes nos causam estranheza por não estarmos acostumados com a liderança feminina. A luta por um mundo cada vez mais “matriarcal” é também a luta por pensamentos diversos que fazem o mundo caminhar para o desenvolvimento.