
Quase 100 brasileiros e brasileiras querem um basta contra os desmandos de Jair Bolsonaro (sem partido). A Carta Aberta à Humanidade apela às instâncias nacionais – Supremo Tribunal Federal (STF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Congresso Nacional e Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – e à Organização das Nações Unidas (ONU) um fim à política genocida do atual governo.
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O texto também pede urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI), a Corte de Haia, para impor condenação à política genocida do governo de Bolsonaro que, segundo signatários, ameaça a civilização.
Artistas, cientistas e religiosos assinam o manifesto
O manifesto conta com a assinatura de personalidades de diversas profissões, como o neurocientista Miguel Nicolelis e o padre católico Júlio Lancelotti, o teólogo Leonardo Boff, o escritor Frei Betto, a atriz Fernanda Montenegro e o cantor e compositor Chico Buarque.
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O texto afirma que a população brasileira está refém dos desmandos do presidente da República e que o chefe do Executivo atua em conjunto com apoiadores sem racionalidade .
“Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista. Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.”
Carta Aberta à Humanidade
País à deriva na pandemia sob Bolsonaro
Na mensagem, eles apontam que o colapso no sistema de saúde vivenciado pelo Brasil é intencional e listam uma série de ações lideradas por Bolsonaro como o cerne da crise sanitária.
“O descaso com a vacinação e com as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco os países vizinhos e toda a humanidade.”
O texto denuncia ainda o extermínio sistemático da população mais vulnerável, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.