
Líderes mundiais prometeram sanções sem precedentes à Rússia após os ataques à Ucrânia. Mísseis atingiram diversos centros de comando ucranianas e helicópteros russos atacaram o aeroporto militar de Gostomel, perto da capital, Kiev.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou as ações russas de “um ataque bárbaro” a um país independente e disse os ataques pretendem desestabilizar a Europa e “toda a ordem internacional de paz”.
Ela prometeu sanções do bloco europeu que vão “atingir setores estratégicos da economia russa, bloqueando o acesso a tecnologias e mercados que são fundamentais” para a Rússia.
O Exército da Ucrânia está respondendo os ataques. Ao menos 50 soldados russos teriam morrido, de acordo com o presidente ucraniano, Vsolodymyr Zelensky, após a destruição de quatro tanques e seis aeronaves russas.
A Rússia afirmou que dois de seus navios de carga foram atingidos por mísseis ucranianos no Mar de Azov. Houve mortos, segundo a agência de notícias russa Tass.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que as ações custarão alto à Rússia.
“A Rússia pagará um preço econômico e político muito alto”, afirmou nesta quinta-feira (24). Ele também condenou Belarus por permitir o ataque.
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União Europeia e Otan estão reunidos em Bruxelas após países que fazem fronteira com a Rússia, como a Polônia, convocarem encontro urgente.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou os ataques e disse que “Putin escolheu uma guerra que trará perdas de vidas e sofrimento.” O presidente norte-americano disse também que EUA e seus aliados responderão de forma unida e decisiva. “O mundo responsabilizará a Rússia”, enfatizou.
Contudo, nenhum país se comprometeu a defender a Ucrânia de maneira militar por temores de que ações bélicas desencadeiem uma guerra na Europa. Putin ameaçou os países que interferirem com “consequências jamais vistas”.
“Uma grande potência nuclear atacou um país vizinho e está ameaçando represálias a quaisquer outros Estados que possam vir em socorro. Esta não é apenas a maior violação do direito internacional, é uma violação dos princípios básicos da convivência humana. Está custando muitas vidas com consequências desconhecidas à nossa frente”, afirmou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrel.
Há muitos relatos de brasileiros que tentam deixar a Ucrânia e pedem ajuda do Itamaraty. A embaixada brasileira no país disse para que os brasileiros permaneçam em suas casas.
Com informações do Valor e g1