
O governo de Pernambuco anunciou, nesta segunda (12), o endurecimento da quarentena no Recife e em outras quatro cidades da região metropolitana. Como medida para restringir a circulação de pessoas e veículos para tentar conter o avanço da Covid-19, o Estado se junta a Maranhão, Pará e Ceará, que já haviam aderido ao bloqueio total de cidades, o chamado lockdown.
Em último balanço, o estado nordestino ultrapassou a marca de mil mortos pelo novo coronavírus.
Segundo documento da gestão Paulo Câmara (PSB), a capital Recife e as vizinhas Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata são responsáveis por 77% dos diagnósticos e 68% das mortes por covid-19 em Pernambuco. Com sistema de saúde sobrecarregado e filas nas unidades de terapia intensiva (UTIs), o Estado registra até o momento 13.768 casos confirmados e 1.087 óbitos pela doença.
“Todas as projeções mostram que precisamos aumentar o isolamento social para evitar a disseminação ainda mais acelerada da doença”, afirmou Câmara, em nota divulgada pelo governo. “Por isso, a partir de amanhã (hoje), vamos implementar uma série de medidas, como o rodízio de veículos e a fiscalização nos principais corredores viários para restringir a circulação de pessoas nesses cinco municípios citados. Precisamos da determinação de todos nesses duros 20 dias que teremos pela frente.”
Medidas
A publicação do decreto no Diário Oficial deve ocorrer nesta quarta (12), e as regras terão validade de duas semanas. Até a próxima sexta, as medidas serão de “caráter educativo”, sem punição prevista. Segundo a gestão Câmara, o lockdown passa a valer, de fato, a partir do sábado e vai até o dia 31. O governo também não descarta adotar medidas semelhantes em outras regiões.
Pela regras do decreto do Estado, as pessoas ficam impedidas de sair de casa e andar pelas ruas, exceto para trabalhar em serviços essenciais ou realizar atividades indispensáveis, como comprar alimento ou retirar benefícios sociais em lotéricas e bancos. Segundo o governo, a orientação é para que, mesmo nos casos permitidos, moradores só circulem dentro dos seus bairros.
Com policiais fiscalizando as ruas, quem atua em atividades essenciais, terá de portar uma declaração assinada pelo empregador, cujo modelo que estará disponível no Diário Oficial.
Com informações do jornal Estado de S. Paulo.