
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), defende ampla unidade da esquerda para vencer o que ele classifica como “mal maior”: a reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Para ele, a união com o PT – com ou sem federação partidária – é imprescindível.
Em entrevista, nesta terça-feira (11), à TV 247, Câmara defendeu a reedição da Frente Popular com o PT.
“Nosso apoio vai ser para o presidente Lula. Não há óbice a isso. Nenhuma questão em relação à sucessão nacional vai interferir em nossas discussões locais. Vamos dar todo o apoio a Lula em Pernambuco e, evidentemente, queremos reeditar a Frente Popular com o PT. Ela me ajudou na reeleição em 2018”
Paulo Câmara
O governador está em seu oitavo e último ano no cargo e não pretende disputar as eleições.
Câmara afirmou na entrevista que a vice-presidência não é uma condição para que o PSB apoie Lula. Por isso, uma eventual aliança do PSB com o PT transcende a filiação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à sigla socialista.
“Ao presidente Lula sempre foi colocada a condição de ele ver como estaríamos mais fortes para a disputa em 2022. Se Alckmin for vice pelo PSB, sou um entusiasta. Ele foi convidado e será bem-vindo. Essa é uma chapa que entusiasma muitos setores”, avalia.
Câmara adverte ainda que “o Brasil já está retroagindo demais” ao longo desses três anos de governo Jair Bolsonaro.
E que, se ele for reeleito, se houver esse risco, “vamos chegar a um processo perigoso de desestabilização de todas as áreas e haverá prejuízos institucionais que não poderemos admitir”, poderá o governador pernambucano.
Assista a entrevista na íntegra