
Em ao menos três dos seis estados em que o PDT de Ciro Gomes terá candidato a governador, os pré-candidatos do partido vão abrir palanque para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. São eles Rodrigo Neves, no Rio de Janeiro; Weverton Rocha, no Maranhão; e Edvaldo Nogueira, em Sergipe.
Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, afirmou ao UOL que respeita a realidade política local. “Ninguém está acorrentado no processo político”, disse.
Lupi admitiu ainda em entrevista nesta sexta-feira (12) que o PDT estará com Lula (PT), caso Jair Bolsonaro (Sem partido) vá para o segundo turno das eleições 2022.
Leia também: PSB lança Rodrigo Rollemberg pré-candidato a deputado federal
“No primeiro turno não vejo possibilidade. Agora, no segundo turno é outra eleição. Vamos ver quem é o adversário. Se for Bolsonaro ou seus representantes, com certeza, não estaremos com Bolsonaro, estaremos com Lula”, afirmou Lupi.
Ciro tem atacado Lula na esperança de obter votos da centro-esquerda, mas o PDT Lula para fazer seu candidato chegar ao segundo turno no lugar de Bolsonaro, trabalhando com a quase certeza do petista já estar no segundo turno.
A entrada de Sergio Moro (Podemos) na disputa, no entanto, deve complicar ainda mais a vida de Ciro, já que o ex-juiz também deve disputar uma parcela do eleitorado que busca uma alternativa entre Lula e Bolsonaro.
Na entrevista ao portal Uol na manhã desta sexta, Lupi classificou Moro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), como “adjacentes” de Bolsonaro.
“Estaremos contra o palanque onde estará Bolsonaro e seu grupo… O que eu chamo de adjacente é o que tem a política da direita, política raivosa, odienta. O Moro é, acho que o Doria tem essa característica”, afirmou.
Por Julinho Bittencourt, da Revista Fórum