
A insistência em atacar o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas por parte de Jair Bolsonaro (PL) não conta com respaldo nem do seu próprio partido. Após a última ameaça absurda, feita em sua live na última semana, o atual ocupante do Executivo prepara os argumentos para a derrota que é sinalizada pelas pesquisas. E quem disse isso, desta vez, foi um membro da direção do PL.
O PL é um dos mais fortes partidos do centrão e assim pretende se manter.
“Se Bolsonaro fizer questão, vamos contratar. Mas o PL é um partido da política. Não queremos de jeito nenhum essa briga com o TSE“, afirmou um integrante da direção ouvido pela jornalista Malu Gaspar, do O Globo.
Outra pessoa próxima a Bolsonaro confirmou à jornalista que a intenção de Bolsonaro ao atacar o sistema eleitoral brasileiro é produzir “justificativa para depois não cumprir o resultado” diante da iminente derrota nas urnas.
Bolsonaro também pegou de surpresa lideranças do partido e de sua própria campanha que acham difícil colocar em prática essas ideias.
Apesar das ilações típicas de Bolsonaro, a lei garante que representantes do Ministério Público, da OAB e dos partidos políticos participem da conferência dos dados constantes das urnas, da verificação da integridade e autenticidade dos sistemas eleitorais instalados nas urnas.
Esquerda nunca teve dúvida das intenções de Bolsonaro
Bolsonaro se prepara para a derrota, o que já está claro há tempos para a oposição.
Na noite desta segunda-feira (9), o ex-presidente Lula (PT) afirmou que “Bolsonaro tem medo de perder as eleições e ser preso depois”.
O petista participou de grande ato político, no Centro de Exposições Expominas, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ele disse, também que os dias de Jair Bolsonaro (PL) na presidência “estão contados”.
“Não adianta desconfiar das urnas eletrônicas. Não é o Lula que vai derrotar o Bolsonaro. É o povo brasileiro. Não falta dinheiro no Brasil. Falta vergonha na cara das pessoas que governam o país”, afirmou Lula.
O ex-presidente voltou a alertar que não será uma eleição fácil.
“Estamos enfrentando um adversário que representa a antidemocracia, a violência, o fascismo no Brasil. Nosso adversário mente sete vezes por dia, é o rei das fake news”, destacou.