
O procurador da República do Amazonas, Igor da Silva Spindola, afirmou nesta quinta-feira (14) que o Ministério da Saúde foi alertado há pelo menos quatro dias que faltaria oxigênio nos hospitais de Manaus, segundo reportagem da revista Época.
“O estado não se preparou. E como se não bastasse, a direção de Logística do Ministério da Saúde só se reuniu hoje (quinta-feira) para tratar disso após ser avisada há quatro dias”, disse à coluna o procurador que atua na área de saúde no estado.
No pico da pandemia em 2020 a demanda por oxigênio em Manaus era de 20 mil metros cúbicos. Agora, saltou para 70 mil. Para Spindola, há “falta de coordenação” do governo federal e de militares do ministério, que desconhecem o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A empresa White Martins, que fornece oxigênio para os hospitais da capital, consegue produzir 28 mil metros cúbicos de oxigênio.
O excedente era transformado em oxigênio líquido, o que o torna mais perigoso e inflamável, e o transporte só pode ser feito por avião cargueiro, como o da Força Aérea Brasileira (FAB). No entanto, a aeronave quebrou nesta quarta-feira:
“O que o Exército nos passou oficialmente é que o avião da FAB teria quebrado. Mas eles têm outros aviões. Ninguém se movimentou para resolver”, disse o procurador.
O procurador é um dos membros do MP que assinam uma ação civil pública ajuizada nesta quinta-feira (14) na Justiça Federal do Amazonas. A ação cobra da União uma solução para o colapso de fornecimento de oxigênio na saúde da capital.
Com informações da revista Época