
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) recebeu reforços importante no partido ao longo de 2021 para enfrentar os desafios da esquerda atual e atuar por transformações pela soberania nacional, em defesa da democracia e no combate às desigualdades. Nomes de peso, como o ex-ministro Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos; o governador do Maranhão, Flávio Dino; e os deputados Marcelo Freixo (PSB-RJ) e Tabata Amaral (PSB-SP) ingressaram no partido.
Edson Santos assinou a ficha de filiação ao PSB em maio deste ano.
“Quero contribuir para o fortalecimento do PSB como força política, com homens e mulheres do nosso povo. Enfrentar os desafios da esquerda na atualidade, que é criar programas que apontem para transformações na direção da soberania do nosso país, da democracia e do combate à desigualdade”.
Edson Santos
O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), celebrou, na época, a chegada de Santos ao PSB. O parlamentar socialista destacou que a filiação foi importante tanto para o PSB Nacional quanto para o partido no Rio de Janeiro para a luta em favor da igualdade racial.
“De fato, o Edson [Santos], foi muito feliz de vir para o PSB, pois o partido se prepara para executar em seus espaços de governo um novo projeto de país, com uma nova visão de Brasil, fiel aos princípios que fundaram o PSB. Portanto tenho certeza que a colaboração de Edson Santos para o PSB Nacional e para o PSB do Rio de Janeiro é importante para fazer da luta à favor da igualdade racial uma luta cada vez mais central.”
Alessandro Molon
Dino e Freixo também se filiaram ao PSB
O governador do Maranhão, Flávio Dino, e o deputado federal Marcelo Freixo (RJ) também foram reforços essenciais para o PSB, ainda mais considerando o futuro cenário para as eleições de 2022. O ato de filiação ocorreu em junho, na Fundação João Mangabeira, localizada no bairro Lago Sul, em Brasília (DF).
Durante o seu discurso de filiação, Flávio Dino afirmou que “o atual momento exige muito da militância patriótica e socialista. A eleição de 2022 não é uma a mais, mas sim, a batalha fundamental em torno de tudo, plasmado sobretudo na constituição 1988”. Dino também ressaltou que a “eleição de 2022 é um plebiscito entre a democracia e o projeto de extermínio do Brasil”.
Dino destacou que a filiação ao PSB é um encontro com pessoas que uniram Direito e Justiça.
“Filiar-me ao PSB tem um sabor de encontro com os que aliaram Direito e Justiça, com a tradição e trajetória político-histórica do país. Vamos vencer o projeto de extermínio popular desse governo. Não podemos cometer erros. A tarefa é imensa.”
Flávio Dino
Para Freixo, as eleições de 2022 terão como cenário a disputa entre a “civilização” contra a barbárie. Ele destacou o fato de que a disputa no Rio de Janeiro é maior que a esquerda e a direita. “O ano de 2022 será o mais importante de nossa história, será a eleição mais importante e pode ser a última”, comentou.
“A gente quer contribuir para a Autorreforma do PSB. Temos que ter capacidade de ouvir a sociedade. Nossa responsabilidade é grande porque a democracia está ameaçada. Vamos para uma luta gigante no Rio de Janeiro contra a barbárie. É com o PSB que vamos fazer uma grande frente.“
Marcelo Freixo
O deputado afirmou ainda que a “raiva não pode substituir o amor” no ato de fazer política e que esta precisa ser pedagógica, principalmente no que diz respeito ao escutar o outro. “A gente não pode deixar a democracia escorrer pelos nossos dedos. O medo se estabeleceu no país e que a gente tenha a coragem de derrotá-lo”, afirmou.
Diálogo e socialismo moderno do PSB
A capacidade do PSB de dialogar com os diversos setores da sociedade e o campo progressista foram determinantes para o ingresso de Dino e Freixo, no PSB. Em recente entrevista no programa Conversa com Bial, da TV Globo, os socialistas também discutiram sobre os rumos do país e as eleições de 2022.
Dino avaliou que a reflexão que o PSB faz sobre o socialismo criativo e as novas demandas da sociedade no século 21, que motivam a Autorreforma do partido que está em curso, aliado às mudanças na legislação eleitoral, fazem do PSB uma confluência que pode agregar as diversas vertentes da esquerda brasileira.
“O PSB faz uma reflexão muito importante em torno da bandeira do socialismo criativo, levando em conta as novas demandas do século 21 e eu resolvi me incorporar nesse esforço de atualização partidária. De outro lado, tivemos um vetor legal, com uma mudança na legislação eleitoral fazendo com que haja uma tendência de fusões, corporações e frentes partidárias em todos os campos ideológicos. O PSB a meu ver se candidata a ser uma confluência de várias vertentes para nós termos uma esquerda moderna, transformadora, forte, capaz de atrair outros setores sociais”, afirma o governador maranhense.
O governador reforçou que “a economia verde, ciência e tecnologia e o novo mundo do trabalho” passam um processo de transformação complexo derivado da revolução científica e tecnológica”. Tudo isso demanda também uma nova regulação do mundo do trabalho, que preserve o direito dos mais pobres e dos trabalhadores de forma ampliada porque a CLT não vai dar conta”, afirma Dino ao se referir à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
O que foi corroborado por Freixo que afirmou não ser possível que a desigualdade, o combate ao racismo e ações para conter a crise ambiental continuam deixadas de lado.
“Chamar todos esses setores e ter uma capacidade de governança porque a esquerda está entrando no século 21 sem resolver problemas do século 20. Por exemplo a pauta da segurança pública, que nunca teve centralidade no campo progressista e no mundo inteiro a direita vence pleitos eleitorais com soluções equivocadas para segurança pública”, enfatizou.
Tabata Amaral no PSB
A deputada federal Tabata Amaral (SP) também entrou nos quadros socialistas neste ano. A parlamentar assinou a ficha de filiação ao PSB, em setembro. O ingresso de Tabata foi acompanhado por Duda Alcântara, ex-presidente municipal da Rede Sustentabilidade em São Paulo.
“Política é boa. Política é transformação. Política é grupo. Mais do que nunca precisamos de partidos fortes, democráticos e inclusivos”, discursou a socialista durante o ato de filiação.
“Estou muito feliz por hoje estar em um partido que não só é conhecido pelos grandes pensadores, mas por grandes ‘fazedores’, pessoas que colocaram a mão na massa pelos que mais precisam. Orgulho de estar ao lado de tantas e tantos que admiro.” Tabata Amaral
Carlos Siqueira saudou os novos socialistas
Em todos os discursos de boas-vindas, prevaleceu a ideia de uma disputa unificada de esquerda para as próximas eleições. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, destacou a importância da chegada de Edson Santos, Flávio Dino, Marcelo Freixo e Tabata Amaral aos quadros socialistas.
“Os novos filiados ao PSB representam um reforço extraordinário a essa luta democrática que empreendemos com demais partidos de oposição. Terão um papel significativo no nosso partido, que tem procurado, com a Autorreforma, fazer sua autocrítica para refundar o sistema político.”
Carlos Siqueira
O dirigente socialista comentou que o dilema do partido não é entre esquerda e direita, mas entre autoritarismo e democracia. “A frente ampla é determinante para restaurar a plenitude democrática. Essa parceria nos fortalece”, ressaltou.