
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o candidato ao Palácio do Buriti, Rafael Parente (PSB), destacou que a Educação é prioridade máxima de seu plano de governo para o Distrito Federal.
Ele foi o quinto candidato entrevistado o CB Poder, série que o jornal realiza com candidatos ao GDF em parceria com a TV Brasília, e detalhou como a Educação é a principal força de sua campanha.
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Parente foi secretário de Educação do Distrito Federal e elencou as quatro prioridades de governo de sua chapa.
“Precisamos resolver o caos na saúde, porque as pessoas continuam morrendo por conta do caos na saúde no DF. A gente precisa também resolver a geração de emprego e renda, (porque) nós temos ainda índices muito altos de desemprego, especialmente entre os jovens. Precisamos resolver a questão da mobilidade, já apresentamos ideias para mobilidade verde. E também precisamos tratar dos problemas da segurança”, detalhou.
Para o socialista, a educação precisa ser a prioridade máxima, “porque ninguém rouba o conhecimento das pessoas”. Ele destacou na entrevista que nenhuma sociedade pode se desenvolver econômica, cultural e socialmente sem investir em Educação.
“Vários países, que algumas décadas atrás, eram menos desenvolvidos que o Brasil, como a própria Coreia do Sul, passaram a ser potência porque investiram seriamente em educação”, pontuou.
Mobilidade urbana com dignidade e respeito ao meio ambiente
Outro ponto importante do programa de governo de Rafael Parente é a mobilidade urbana que garanta a dignidade do usuário e o respeito ao meio ambiente.
“A gente quer, na verdade, fazer com que tenha uma migração do transporte que temos hoje para um transporte verde. Temos muito dinheiro disponível em todo o mundo para diminuição da emissão de carbono dos países, desde que haja projetos sérios. A gente quer buscar esse dinheiro no exterior para instalarmos aqui fazendas de energia solar e instalarmos também fábricas de produção de ônibus elétricos, micro-ônibus e vans”, explicou.
Sobre a expansão do metrô para a Asa Norte, Parente disse que também irá continuar com o projeto, mas destacou que somente esta obra sozinha não basta.
“Dá para fazer a expansão do metrô até o final da Asa Norte. A partir do final da Asa Norte, a gente continua com BRT norte. Agora dá pra investir também em VLTs. Podemos optar por fazer na Asa Norte ou a expansão do metrô ou o VLT. O que que precisa ser feito? Precisamos buscar esses recursos no governo federal ou também buscar recursos no exterior, já tem um nível de endividamento que é baixo aqui no Distrito Federal”, detalhou.
Disse também que adotará uma tarifa única diária de R$ 4 que possibilitará ao usuário usar o transporte quantas vezes forem necessárias.
Segurança e Saúde com investimento nos servidores
O candidato do PSB falou também sobre segurança a partir da perspectiva do investimento nos servidores públicos da área.
“Os policiais têm a minha promessa que vamos investir, não só nos policiais, mas em todos os servidores até o limite do possível. Nós vamos buscar sim cumprir os reajustes salariais. A gente vai também avaliar as carreiras dos policiais militares, dos bombeiros.”
Falou, ainda, sobre a comunicação entre as polícias Civil e Militar e no investimento em inteligência e formação.
Em relação à saúde, Parente também disse ser necessário fazer uma recomposição dos quadros de pessoal. “O governo Ibaneis, com bastante dinheiro em caixa e se gabando de milhares de obras que são importantíssimas, contratou menos da metade (servidores da saúde), mesmo com a pandemia e com o caos na saúde. Esse caos na saúde que a gente está vivendo, (com) tantas pessoas morrendo e ele contratou menos da metade do que o governo Rollemberg (PSB)”.
Afirmou que a pandemia não pode ser usada como desculpa para o caos que a saúde enfrenta no DF. “Faltou competência, faltou seriedade e sobrou suspeitas de corrupção. O governo (Ibaneis) não foi sensível, não foi competente, tem um monte de cabide de emprego. Onde já se viu um presidente do Iges-DF pedir demissão porque não consegue demitir os funcionários do instituto? Onde já se viu uma coisa dessas? O presidente do instituto pediu demissão porque não conseguiu demitir gente incompetente.”