
Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (27) apontou que cresceu a reprovação dos brasileiros ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com dados do Atlas Político, 65,1% (frente aos 64,4% registrados em abril) desaprovam o desempenho do presidente e 58,1% avaliam a gestão como ruim ou péssima. Já o apoio ao impeachment do mandatário segue crescendo desde março e já alcança 58% dos entrevistados, frente aos 36% que se declaram contra.

Apesar dos sucessivos escândalos, a aprovação do presidente teve leve aumento agora em maio, passando a 32,9%, frente aos 30,5% de abril. Em relação ao combate da pandemia, ainda que Bolsonaro siga defendendo o retorno à normalidade, medidas como o isolamento social como forma de enfrentamento à covid-19 ainda conta com o apoio de 72% dos entrevistados. Em março, esse número era de 82%.
A pesquisa, que ouviu 2.000 pessoas entre domingo (24) e terça-feira (26) de forma online, com amostra que reflete a população brasileira adulta— é a primeira realizada após a divulgação do vídeo de uma reunião ministerial que reforça indícios de que o presidente tentou trocar o comando da Polícia Federal para evitar investigações contra sua família e aliados, suspeita que é alvo de uma apuração no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF).
Moro
Responsável direto pela investigação em curso no Supremo Tribunal Federal contra Bolsonaro, o ex-ministro Sergio Moro perdeu apoio desde a sua saída do Governo e, pela primeira vez, tem a percepção negativa (43%) de sua imagem igualada à avaliação positiva (42%), considerando a margem de erro. Em abril, a aprovação do ex-ministro chegou a 57%.
Mandetta
Apesar da redução de percentual, outro ex-aliado do Governo que segue com a imagem positiva é Luiz Henrique Mandetta, que detém a percepção positiva de 52% dos entrevistados (ante a 63% registrada em abril).
Ditadura
A pesquisa também avaliou a opinião dos brasileiros sobre um eventual retorno à ditadura militar no Brasil. Segundo o Atlas Político, 83% da população é contra a implantação de um regime de exceção e 8,9% é a favor.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas entre domingo e terça-feira e é a primeira realizada após a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, que reforça indícios de que o presidente tentou trocar o comando da Polícia Federal para evitar investigações contra sua família e aliados. O caso é alvo de apuração no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com informações do El País.