
A estatal russa de energia Gazprom anunciou nesta terça-feira (14) que irá diminuir cerca de 40% as entregas de gás natural para a Europa neste ano.
O anúncio veio após as sanções canadenses sobre a guerra na Ucrânia terem impedido a parceira alemã Siemens Energy de entregar equipamentos revisados.
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A empresa alemã afirmou que uma turbina a gás que alimenta uma estação de compressão no gasoduto está em serviço há mais de 10 anos e foi levada para Montreal para uma revisão programada.
No entanto, com as sanções impostas pelo Canadá, a empresa não conseguiu devolver o equipamento a Gazprom.
“Atualmente, o fornecimento de gás para o gasoduto Nord Stream pode ser fornecido no valor de até 100 milhões de metros cúbicos por dia (em comparação com) o volume planejado de 167 milhões de metros cúbicos por dia”, disse a Gazprom em comunicado.
“Nesse cenário, informamos o governo canadense e alemão e nós estamos trabalhando em uma solução sustentável”, disse a Siemens Energy em comunicado.
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A agência alemã disse que não vê a situação como uma ameaça a longo prazo para o fornecimento de gás e que os fluxos reduzidos estão alinhados com o comportamento comercial e com o corte de gás anunciado anteriormente pela Rússia para a Dinamarca e Holanda.
Também nesta terça-feira, o governo alemão disse que está negociando um empréstimo de emergência com uma ex-subsidiária da Gazprom para evitar a falência e garantir o fornecimento de gás ao país.
Informou que o empréstimo iria “reforçar a liquidez e adquirir gás de reposição”. O governo acrescentou que a Gazprom Alemanha também iria passar por uma mudança de nome e passaria a se chamar Securing Energy for Europe GmbH, ou SEFE.
Um sinal claro ao mercado de que o objetivo é garantir o fornecimento de energia para a Alemanhã e e na Europa.