
Os ataques da Rússia à Ucrânia seguiram de forma violenta no terceiro dia da invasão russa. Já são ao menos 200 mortos, 1.115 feridos e 150 mil refugiados. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que seu país não pretende baixar as armas. Soldados russos e ucranianos batalham pelo controle de Kiev.
O governo ucraniano fala em cerca de 3,5 mil soldados russos mortos ou feridos.
De acordo com a Organização das Nações Unidas, os refugiados chegaram aos países vizinhos como Polônia, Moldávia, Hungria e Romênia.
A Ucrânia afirmou que dois navios foram atacados pela Rússia no Mar Negro e que uma represa foi destruída em Kiev, o que gerou risco de enchentes.
“Vimos um ataque intenso desde o início. Todas as grandes cidades e pequenos vilarejos estão sob ataque. Lamentamos que isto está acontecendo. Nós temos grupos lutando contra isso e relatórios de pessoas que estão sendo detidas”, afirmou a embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova.
De acordo com ela, soldados russos também atacaram um orfanato com 50 pessoas.
Neste sábado (26), o presidente ucraniano disse que chamou “todos os amigos da Ucrânia” para ajudar a combater invasão russa e afirmou que vai lutar o tempo que for preciso para libertar o país.
O presidente russo, Vladimir Putin, que havia ordenado que o avanço das tropas sobre a Ucrânia fosse suspenso nesta sexta-feira (25).
Mas, neste sábado determinou a retomada da ofensiva. Um oficial do governo disse que o presidente russo Vladimir Putin colocou mais de 50% das tropas ao redor da Ucrânia para invadir o país.
Putin alegou que o presidente ucraniano se recusou a negociar, o que foi negado por assessores de Zelensky.
Mais cedo, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou que não havia grande presença militar russa na capital. Porém, disse que ‘sabotadores’ estão ativos na região.
O metrô da cidade parou de funcionar e está servindo para que as pessoas se protejam durante os ataques.
O prefeito de Kiev também confirmou a morte, ao menos 198 ucranianos, sendo 3 crianças. São 1.115 feridos. Ele não detalhou se são civis ou militares.
Ele anunciou ainda que o toque de recolher foi ampliado e passou a ser das 17h às 8h.
Europa envia ajuda militar para Ucrânia
A Alemanha, após ser duramente criticada por se negar a enviar armas para a Ucrânia, aprovou a entrega de 400 lança-granadas da Holanda para o país.
A Holanda também afirmou que fornecerá 50 armas antitanque Panzerfaust-3 e 400 mísseis à Ucrânia.
Mais tarde, o chanceler alemão Olaf Scholz anunciou o envio de 1.000 armas antitanque e 500 mísseis terra-ar.
“O ataque russo marca um ponto de virada. É nosso dever fazer o nosso melhor para ajudar a Ucrânia a se defender contra o exército invasor de Putin”, disse o chanceler em uma rede social.
A Rússia fechou seu espaço aéreo para Romênia.
Guerra também na internet
De acordo com a BBC, a Rússia bloqueou o Twitter e pode fazer o mesmo com o Facebook.
Relatos de usuários da plataforma confirmam dificuldades para acessar e instabilidade no serviço.
A Rússia acusa o Facebook de violar “os direitos e liberdades dos cidadãos russos”.
Já o governo da Ucrânia pede ajuda de hackers e voluntários para derrubar sites russos do governo, de bancos e empresas.
Resgate de brasileiros
Apenas neste terceiro dia e após inúmeros apelos e notícias de brasileiros que tentam deixar a Ucrânia, o Ministério da Defesa e o Ministério das Relações Exteriores colocaram duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) de prontidão para o possível auxílios a brasileiros evacuados da região.
Pelo menos, 20 brasileiros conseguiram deixar Kiev para tentar deixar o país, após o Ministério de Relações Exteriores alertar que quem decidisse embarcar, seria por “risco próprio” e que não havia garantia de traslado para quem conseguisse chegar a Chernivtsi, no oeste da Ucrânia.
Nesta sexta, o Brasil votou contra a Rússia no Conselho de Segurança da ONU e apoiou a resolução apresentada pelo governo dos EUA depois de dias de indefinição no Palácio do Planalto sobre como o Brasil se posicionaria, principalmente após Jair Bolsonaro (PL) ser recebido por Putin.
Neste sábado, Bolsonaro reclamou da cobertura da mídia, afirmou que a ação na ONU mostra posição do Brasil e se calou sobre a Rússia.
Com informações do g1, O Globo e Uol