
Nesta segunda-feira (4), um policial militar (PM) do 18º BPM (Jacarepaguá) postou nas próprias redes sociais uma ameaça a moradores da Cidade de Deus depois que o marmorista Marcelo Guimarães, 38 anos, foi baleado e morto em um dos acessos à comunidade, horas antes.
A postagem foi apagada. À TV Globo, a corporação afirmou que convocou o militar para depor e que um procedimento foi aberto.
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Marcelo seguia de moto sob um viaduto da Linha Amarela quando foi alvejado. Ele morreu na hora. A PM sustenta que o marmorista ficou no meio de um tiroteio depois que militares foram atacados por traficantes e revidaram.

Já a família de Marcelo nega ter havido confronto e afirma que o tiro que o matou foi disparado de dentro do Caveirão.
O enterro acontecerá no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte, nesta terça-feira (5). Marcelo era casado há 21 anos e tinha dois filhos — o caçula, de 5 anos, ainda não sabia da morte do pai até a manhã desta terça e perguntou por ele.
Ameaças do PM
Na postagem, o PM afirma que estava de “fiscal de dia” do batalhão — uma espécie de autoridade do destacamento — e defende a tropa. “Não foi nenhum dos meus! Querem colocar na nossa conta!”, escreveu. Sem provas, o militar culpou o tráfico pela morte de Marcelo: “Foi vagabundo do Tijolinho que acertou o cara.”
“Antes de saber, enfia a língua no c*, seus FDP protetores de bandidos! Já estou com dois caveirões e 38 policiais na base”, emendou.
No início da tarde de segunda, moradores fecharam a Linha Amarela por meia hora, em protesto.
Com informações do G1