
Após decidir pela constitucionalidade da votação do impeachment do ex-presidente Donald Trump, o Senado americano iniciou, na tarde desta quarta-feira (10), o julgamento da ação.
Com previsão de se estender até a próxima semana, o processo teve início com a apresentação dos argumentos de defesa e acusação. Juntos, os dois lados possuem limite de 16h para esta fase inicial sendo, oito horas de trabalho nesta quarta (10) e mais oito nesta quinta-feira (11).
Em sua fala, um dos promotores do caso, o democrata Jamie Raskin, que representa o estado de Maryland, acusou o ex-presidente de inflamar os ataques ao Capitólio.
Ele [Trump] assistiu à invasão pela TV, como se fosse um reality show. Ele se divertiu com isso. (…) Ele, enquanto comandante-chefe, não fez nada para nos ajudar. Em vez disso, ele atuou como o “incitador-chefe”, publicando tuítes que apenas estimularam a rebelião violenta”, afirmou.
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Finalizada a estapa inicial, será aberto espaço para perguntas dos senadores que, logo em seguida, votarão a possibilidade ou não de serem convocadas testemunhas.
Garantida a constitucionalidade
Como parte do rito de impeachment nos EUA, antes do início do julgamento da ação os senadores definiram se o processo está de acordo com o definido na Constituição do país.
Por maioria, o Senado dos Estados Unidos decidiu pela constitucionalidade do impeachment. A votação, ocorrida nessa terça-feira (9), teve placar de 56 votos a favor e 44 votos contra. Apesar da primeira derrota, os números não são animadores para os que torcem pelo impedimento de Trump, pois, são necessários os votos de 67 congressistas para que o pedido passe na Casa.
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A porta voz da Casa Branca, Jen Psaki, informou em pronunciamento que o presidente Joa Bidden não irá se manifestar ou, declarar preferência, entre a condenação ou não do seu antecessor.
Com informações do Uol