
Socialistas lamentam e expressam pesar pela morte do ator Sérgio Mamberti, de 82 anos, que faleceu na madrugada desta sexta-feira (3), por volta da 1h30, em São Paulo. Ele estava internado em um hospital da rede Prevent Sênior, na capital paulista, por conta de infecções pulmonares. A informação foi confirmada por um dos filhos do ator, Carlos Mamberti.
Essa última internação foi a terceira do ator apenas neste ano de 2021. Ele foi hospitalizado, anteriormente, por uma disfunção renal e, depois, em razão de uma pneumonia.
O líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), usou as redes sociais para manifestar seus respeitos à família de Mamberti.
Líder da Minoria, Marcelo Freixo (PSB-RJ), também prestou sua homenagem a Sérgio Mamberti. O socialista declarou no Twitter que o Brasil perdeu “um gigante da cultura brasileira, uma pessoa maravilhosa e cheia de luz”. Freixou expressou sua solidariedade à família e aos amigos do ator.
O ex-governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) prestou condolências à família e amigos de Sergio Mamberti. Em seu post, Rollemberg afirmou que na data de hoje, o Brasil ficou mais triste pela perda do “grande ator e especialíssima figura humana” que Sérgio Mamberti sempre foi.
Outras homenagens
O ex-presidente Lula e outros políticos de esquerda, jornalistas e famosos também prestaram homenagem ao ator Sérgio Mamberti
Trajetória de Sérgio Mamberti na política
Ator de esquerda, Mamberti era filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), chegando a ocupar cargos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na pasta do Ministério da Cultura.
Entre os cargos, foi secretário de Música e Artes Cênicas; secretário da Identidade e da Diversidade Cultural; presidente da Fundação Nacional de Artes Funarte; e secretário de Políticas Culturais.
Carreira
Nascido em Santos, no litoral de São Paulo, em 22 de abril de 1939. Na televisão, participou de muitas novelas e mini-séries, como “As Pupilas do Senhor Reitor” (1970), “Brilhante” (1981), “Vale Tudo” (1988), “Castelo Rá-Tim-Bum” (1994), e “Anjo Mau” (1998). Já no teatro, ele atuou em mais de 70 peças.
Além disso, Sérgio teve uma carreira de sucesso no cinema. Ele atuou em “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), “Toda Nudez Será Castigada” (1973), “O Homem do Pau Brasil” (1980), “A Hora da Estrela” (1985), e “A Dama do Cine Shangai” (1987).
O ator colecionou inúmeros papéis de destaque. Foi nas séries que viveu seu personagem mais querido, o saudoso Dr. Victor do Castelo Rá-tim-bum.
Também participou de produções da TV Globo, como “A diarista” e “Os normais”. “Atualmente, esteve no elenco de “3%”, série brasileira produzida pela Netflix.
Mamberti dirigiu peças importantes no circuito paulista. Em 2019, estreou, ao lado de Rodrigo Lombardi, a premiada “Um panorama visto da ponte”.
Estreou no cinema em 1966 com a comédia “Nudista à força”, de Victor Lima. Depois, emplacou inúmeros sucessos: “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), “Toda Nudez Será Castigada” (1973), “O Homem do Pau Brasil” (1980), “A Hora da Estrela” (1985), “A Dama do Cine Shangai” (1987).
Também estrelou filmes infantis como “Xuxa Abracadabra” (2003) e “O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili” (2006).
Mamberti também reinou nas novelas. Um de seus primeiros papéis de destaque foi como João Semana em “As Pupilas do Senhor Reitor” (1970).
Depois disso, atuou também em , “Brilhante” (1981), “Anjo Mau” (1998), “O Profeta” (2007), “Flor do Caribe” (2013), “Sol Nascente” (2016), entre outras. Seu maior sucesso foi o mordomo Eugênio na clássica “Vale Tudo” (1988).
Grande articulador cultural, abrigou em sua casa em São Paulo artistas vindos do Brasil e de fora que precisavam de abrigo. Entre seus hóspedes, estão os Novos Baianos, Asdrúbal Trouxe o Trombone e The Living Theatre.
Autobiografia
Em abril deste ano, Mamberti lançou sua autobiografia “Sergio Mamberti: Senhor do Meu Tempo”. Na obra, o ator revelou sua bissexualidade e contou que teve dois amores em sua vida: uma mulher e um homem.
Com Vivian Mehr, que morreu em 1980, aos 37 anos, ele teve três filhos: Duda (1966), Carlos (1967) e Fabrício (1969). Enquanto com Ednaldo Torquato, seu companheiro durante 37 anos até morrer, em 2019, aos 62 anos, adotou uma filha, Daniela.
Com informações da Revista Fórum, G1 e JC