
Os socialistas do Partido Socialista Brasileiro (PSB) reagiram ao relatório apresentado na CPI da Pandemia, nesta quarta-feira (20), e ao escárnio contra à vida e contra às investigações do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) que, imitando o próprio pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), gargalhou sobre o indiciamento por crimes cometidos na gestão da pandemia.
O líder da Oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), garantiu que luta por justiça “segue firme”.
O líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), afirmou que a CPI deve ser um marco da “união entre os que defendem a vida”.
O deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) afirmou que Bolsonaro “tomou decisões que contribuíram na morte de 604 mil brasileiras e brasileiros”.
Para a deputada Lídice da Mata (PSB-BA), uma palavra resume a atuação de Bolsonaro na pandemia: “genocida”.
Durante a leitura do relatório final da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, apontou que a morte das mais de 600 mil brasileiros durante a pandemia da Covid-19 foram assentidas pelo governo Jair Bolsonaro. O presidente foi acusado do cometimento de três crimes contra a humanidade: extermínio, perseguição e outros atos desumanos.
“O Governo Federal, que tinha o dever legal de agir, assentiu na morte de brasileiras e brasileiros”, disse o senador logo no início da leitura do relatório.
Calheiros fez um resumo da atuação do governo.
“O Governo Federal foi omisso e optou por agir de forma não técnica e desidiosa no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, expondo deliberadamente a população a risco concreto de infecção em massa. Comprovaram-se a existência de um gabinete paralelo, a intenção de imunizar a população por meio da contaminação natural, a priorização de um tratamento precoce sem amparo científico de eficácia, o desestímulo ao uso de medidas não farmacológicas. Paralelamente, houve deliberado atraso na aquisição de imunizantes, em evidente descaso com a vida das pessoas”
Renan Calheiros
Com informações da Revista Fórum